quinta-feira, 26 de junho de 2025

«Guitarra acesa»

 Esta pintura a óleo «guitarra acesa» nasceu, por assim dizer, para ocupar o espaço de uma tela que estava pendurada na galeria «fumeiro» que ofereci a um casal da vizinhança e se intitulava, ou se poderia intitular guitarra vermelhusca.


                                 Guitarra acesa/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/55x46





















quarta-feira, 25 de junho de 2025

Ode ao bicentenário do nascimento do escritor Camilo Castelo Branco

 Ó livros

olhos que te

nascem

no sofrimento 

no pensamento

na criação de um tempo 

solene intempestivo 

crescem-te num coração

pequenino a bater 

vivem na casa-corpo

em transformação 

no corpo-alma

em cogitação 

na escrita-vida

desventurada 

ao compasso

da lucidez sentida

do momento

mão alucinada

de palavras 

aceleradas 

luzes amarelas

desenfreadas

de vida

intensamente

cega

amadurecida

pela morte 

até à imortalidade. 

 


terça-feira, 24 de junho de 2025

Quintilha popular

 Ó meu rico São João

do martelinho manjericão

do bailarico e bandeirolas

salta a fogueira alcachofras

senta-te à mesa comunhão. 

 

 







terça-feira, 17 de junho de 2025

Fastread poetry


Somos impressionistas

do quotidiano

quase que vemos os outros

nas cores e danças

por entre auras diversas

tremeluzindo 

a distração encadeada

o claro-escuro 

no fundo de uma rua 

quase desenhada 

talvez apenas imagens

da nossa retina

impressionada. 


sexta-feira, 13 de junho de 2025

Fastread poetry

 Há um ninho

pequenino

cheio de folhas

à porta de minha casa.

Caiu ao chão

de tão leve ficou

vazio e embalado

apenas pelo vento.

onde andarão

os passarinhos

que o fizeram?

onde andarão

os pequeninos

que cresceram?

a mãe-árvore

ainda firme

senhora de si

amiga de todos 

tem muitos colos

muitos ramos

muito amor

para nos dar. 


quinta-feira, 12 de junho de 2025

Noite de luar

 

Ó meu rico Santo António

amigo padroeiro de Lisboa

dá-nos o amor sopinha e broa 

sardinha ao luar no ofertório. 


terça-feira, 10 de junho de 2025

Fastread poetry

 Ventinho ou aragem morna

sopra-nos sussurrando a luz

quente de cores matizadas

aquela dos veraneios oculares

languidamente sonhadora

pousando de sombra em sombra 

convidando-nos a sentar

a preguiçar a conversar

com ela demoradamente...