quinta-feira, 24 de julho de 2025

Fastread poetry

Anda moçoila

anda mexe-te daí

hoje está mais calor  

vamos molhar os pés

na ribeira de Grândola

que já foi mais fresca

limpa e sadia e agora

parada cheia de raízes

lama escura destroços

de um tempo ido

em que não havia

muito mais... 

para além do alguidar... 

 


sábado, 19 de julho de 2025

Fastread poetry

 Viajamos.

As casas brancas

viradas ao sol

fazem silêncio

para se fazer

ouvir o mar

ao fundo

a marulhar na baía

sul do nosso olhar. 

Há gente do outro lado

nas encostas rochosas

são os gigantes

apaixonados

aprisionados 

a ver nadar leves

elegantes pequenas sereias

as pequenas embarcações

cheias de comoção

a assobiar com a madeira 

a dança fresca

manhã de verão. 

  


sexta-feira, 18 de julho de 2025

terça-feira, 15 de julho de 2025

as estrelas são nossas antepassadas

 olhamos a mão firme que segura a batuta.

o público entusiasmado vai fazendo silêncio.

a batuta imóvel eleva-se e múltiplos instrumentos iniciam uma melodia maravilhosa.

a música leva-nos até aos sons da natureza, às cores do dia e da noite, desde o nascer ao pôr do sol.

deslumbramo-nos com a primeira arte humana: a música.

e os instrumentos lembram o mar, o vento, os pássaros, os trovões...

a música flui da mão do maestro e os traços no ar são como raios de sol pela manhã.

eis a música das esferas no cosmos que explode e abre o céu e corações.

as luzes da cidade ao fundo são olhinhos cheios de comoção.

o nosso olhar extasia-se e rodopia.

olhamos o céu ao som da música orquestral humana e sentimos o corpo a fazer parte do universo.

afinal somos mesmo poeira das estrelas.

somos parte do milagre do cosmos.

 


segunda-feira, 14 de julho de 2025

Fastread poetry

 Pousemos as malas.

Paremos um pouco...

tenhamos um momento

musical e dedilhemos

a imaginação que desperta.

A nossa alma tem cordas

sensíveis com curvas

harpa viola guitarra 

desenhadas pelas nossas

mãos dadas com o som

com a vida partilhada 

com a vontade de ouvir

quem trouxe a alegria

dentro das suas malas

e não esquece os tons

deste lado do mundo. 


sábado, 12 de julho de 2025

Conseguimos falar/não há distâncias...

 Ainda temos flores...

no lugar do horizonte 

daquelas que não gostam 

de grandes artifícios

apenas linhas vivas de água 

a distância já não separa

o tempo já não é fronteira

o sol é lua é espaço é nuvens 

o presente é antes e é depois

para olhar vemos sempre bem

sem óculos e de olhos fechados

se quisermos até podemos tocar

as cores que esvoaçam à vontade

no ar perfumado do momento

os sons são os pensamentos

a viver em nós em liberdade

as palavras macias transformadoras.  

 


quinta-feira, 10 de julho de 2025

Fastread poetry

 Foste tu que imaginaste?

Vestiste abril cravo

de traços vermelhos

junto a leve guitarra 

de um verde alface

floriste alguma poesia

boca de rubros lábios

desenhados com sons

breves melodias de flores

amarelas luzes verão. 

 

As ondas é o azul clarão... 

                            Cravo, fado e mar ao fundo/Rosa Maria Duarte//Óleo s/tela/55x46














segunda-feira, 7 de julho de 2025

Lisboa já tem sol, mas cheira a fado...

 

                                       Rosa Maria Duarte/Lisboa em festa/Óleo s/tela/55x46

sábado, 5 de julho de 2025

Fastread poetry

 Aguarda um pouco sff...

vamos aqui olhar à volta

remexer-nos uns momentos

nestas soltas cadeiras talvez

acomodando alguma ideia

nova que surja de perto

e venha pousar na cabeça

na tua ou na minha

uma pétala nova fresca

que nos faça conversar

sem repisarmos as palavras

as imagens as cores do tempo

as sombras e a luz deste dia

de um estio em experiência

relaxada perfumada campestre

gotas invisíveis pó ancestral

natureza-inspiração revitalizadora

mais uma partilha em verso. 

 

 


terça-feira, 1 de julho de 2025

Fastread poetry

 És cor

flor

no alvor

do amor

frescor

no calor

licor

no sabor

odor

do navegador

tenor da dor

lidador 

contemplador

libertador

do pendor

demasiadamente

sonhador...