Teus longos braços tocam céu sol noite dia fogo
Balanças na brisa com as labaredas que fervem
Chamuscam verde a seiva os ninhos bichinhos
Presos num mundo-tronco que não mexe estala
pedaços pele ardor lágrimas quem morre de pé.
Teus longos braços tocam céu sol noite dia fogo
Balanças na brisa com as labaredas que fervem
Chamuscam verde a seiva os ninhos bichinhos
Presos num mundo-tronco que não mexe estala
pedaços pele ardor lágrimas quem morre de pé.
O poema é um ninho cheio de natureza selvagem
pedrinhas cor de vida amor simples pintado a luz
novelos-emoções esvoaçantes e amparos felizes.
Ó mar, és casa de fado
O beijo breve de mar
Tem lábios frios a cantar
são marujos trautear
O poema da saudade
Amor é fogo que arde.
Ó mar, és casa de fado
Perfume maresia alado
Sonho de viela desfado
Abraço amante mirrado
Ó mar és casa de fado.
Traçado xaile de amparo
Comover desventurado
És vibrato encapelado
Sombras rubras do aplauso
Teu xaile ondas amparo.
O beijo breve de mar
Azul mágoa de luar
Suspiros a dedilhar
Inda és berço a bailar?
Ó guitarra marear
Gente olhos a espelhar
Dor incerta é suor
Fadistar é mar maior.
fado bailado (Alfredo Marceneiro)/ letra (Rosa Maria Duarte)