sexta-feira, 31 de maio de 2024

Fastread poetry

Jacarandaríamos

se quisesses

todos os dias

assim mimosos

azuis quase violetas

pelas ruas fora

a cumprimentar

se passasses 

connosco

as altas árvores

esbeltas soltas

nesta nossa rua

e inspirasses a festa

do perfume

cada primavera

em flores pequeninas

a fazerem cachos

abraçadas

à luz alta do sol

e ao outro azul

o céu clarinho

ou o escurinho

nós sedentos

a beber do verde 

alimento seiva

a nossa raiz.

 


quarta-feira, 29 de maio de 2024

Porque é que os gatos não podem votar...

 

                               O Robin em família/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/55x46




segunda-feira, 27 de maio de 2024

Fastread poetry

 E se fôssemos...

grãos pequeninos de areia

livres a rebolar

a acariciar a brincar

com a brisa fresca de maio

senhores de um destino

simples lindo junto ao mar

debaixo de qualquer azul

com sol chão e sombra

frio nuvens e chuvas

à espera do verão

aquela estação

para conhecer

a comoção

que enche

o coração

das crianças.




quinta-feira, 23 de maio de 2024

Fastread poetry

Espera

tens um fado

assobiado

trauteado

na desgarrada

à janela

parece que

à espera de ser cantado

partilhado

olhando 

a vizinha

a lidar

a roupa a secar

o gato a espreguiçar

o senhor a fumar

a lua a desenhar

a sombra a dançar

a criança a jogar

o azul a cumprimentar

mais um dia

a serenar...




terça-feira, 21 de maio de 2024

Fastread poetry

Vês aquela luz a rasgar o céu

que te ilumina o rosto

que pode ser o teu

quem sabe

rostos que nos emprestam

ao nascer

corpos que vão crescendo

dentro de nós

que também são nós

felizes e às vezes não sabem

porque o pensamento

pode roubar o momento

preocupado com o erro

as palavras os sentidos

do passado do presente

a vontade de recuar

de antecipar

de melhorar o outro

nós vemos alguém

à nossa frente

registamos

queremos ser nós

mas somos outro

somos tu 

somos todos

olá

estás aqui há muito?



domingo, 19 de maio de 2024

«Eu vi um sapo, um grande sapo, estava a comer um bom jantar». A proteção das crianças é responsabilidade de todos.

                                       «Eu vi um sapo«/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/55x46





sexta-feira, 17 de maio de 2024

Fastread poetry

Quem és tu?

...................

Ó humano repara:

nos teus lábios...

não há palavras difíceis

apenas a demora de

quem aguarda

que alguém venha dizer

o que realmente pensa;

o que pacientemente

ouves é um silêncio

simples sentimento

e, olha, em volta

vê aquela procura 

na dádiva no ser

é mais um traço

talvez um gesto

com vitalidade

são letras firmes

uma voz de chuva

cheias preia-mar

e inundações de sol

sopros de humanidade

prestes a acontecer.


domingo, 12 de maio de 2024

O olhar intenso de uma moura encantada.

 

                     A moura encantada/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/55x46


sábado, 11 de maio de 2024

Fastread poetry

No nosso olhar

sonhador

há um ecrã

natural

e em 3D

a cores

luz solar

verde azul

no exterior

um monitor 

tipo quintal

num fundo

intemporal.



quinta-feira, 9 de maio de 2024

Fastread poetry

 Eras flor

pétalas suaves 

a perscrutar

o ar limpo de maio

azul luminoso

vivias num jardim

com grandes grades

e gigantes árvores

bonitas frondosas

mas a vida 

terra-raiz

prendia

e cheiravas

olhavas também

viagem-horizonte...



quarta-feira, 8 de maio de 2024

https://edtl.fcsh.unl.pt/

 O dicionário de termos literários do prof. Carlos Ceia

https://edtl.fcsh.unl.pt/



domingo, 5 de maio de 2024

Bom dia da mãe :)

 Mãe,

sopro de carne

beijo de luz

tempo de amor

verso de dor

sino de azul

âncora d'aventura 

mel livre suave

da mãe-natureza

sonho-realidade.


sábado, 4 de maio de 2024

A beleza e a riqueza na vivência sem fronteiras dos povos e culturas.

 

                             És um povo/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/30x30








sexta-feira, 3 de maio de 2024

Fastread poetry

O tempo nem sempre tem pressa

às vezes parece adormecido

no colo de um ponteiro preguiçoso

esquecido de mexer o traseiro.

 

Porque gostas tempo vir de mansinho

tocar no olhar na pele no azulejo

criar linhas desenhar com ervas

o pensamento amadurecido

e penumbrar o corpo a findar?