- Temos que estar.
- É que temos mesmo! O mundo continua a girar, cada vez mais rápido. Se fosse tudo para melhor...e olha que eu não sou catastrofista.
- Eu também não sou. Acho é que temos que viver cada vez mais atentos às mudanças e sermos mais coletivos na ação diária.
- Claro que sim. António Guterres diz que tudo está em sério risco e que temos que acelerar o passo para tomarmos as rédeas da hecatombe.
- O presidente da ONU disse isso?
- Sim, na cimeira sobre o ambiente na Polónia.
- Pois...nós falamos sobre os problemas, mas nem sempre somos autocríticos. Como certos líderes...
- O que é um grande peso na história da humanidade. Como estamos a caminhar: cada dois passos à frente é um atrás ou um passo à frente e dois atrás?
- Bem, se eu pensasse nos populismos, nas migrações dolorosas, nas xenofobias, nas desigualdades sociais profundas, na corrupção, nos nacionalismos, na violência, nas ditaduras, nos diversos problemas de sobrevivência que há no mundo, diria que são dois passos atrás e talvez meio para a frente…
- Mas tu e eu não somos catastrofistas. Apesar dos protestos em massa e do autismo de certos humanos, sabemos que há gente de boa vontade que vai trabalhando para melhorar o mundo, fazê-lo evoluir no sentido do bem comum e que nos vamos ajudando a perceber tudo melhor e a repensar cada caminho que tomamos.
- É isso mesmo. E agora o meu caminho é para casa. Até amanhã, amigo.
- Até amanhã. Tem uma boa semana.
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