Ó noite de verão! deixa-me cantar contigo todos os bichinhos teus aí espreitam pelas folhas tímidas sombras esquálidas quais ilhéus dançantes olhinhos vivos vibrantes gafanhotos esvoaçantes ó céus de sininhos pirilampos mágicos confiantes no amor divino chapéus e estrelinhas luas caminhos adormecidos morna poesia teus véus.
- Ai que calor...quem me dera uma sombrinha! - Ó jovem senhora, eu não sou nenhuma sombrinha, nem sou de ir à praia. Sou apenas um velho sobreiro, mas ainda faço alguma sombra a muitos novos...
Espera-me gaivota quero viajar contigo até ao cimo do tempo navegar admirar belas traineiras dançantes de peixe teu ventre noites altas esvoaçantes luar denso cantares de encantamento.
- Ó senhor fotógrafo, acha que este é o lado que me favorece? - De costas? É melhor experimentar vários ângulos. - Vamos lá então. Eu sou bom na contraluz. Sou um gato com orgulho na cor com que o destino que pintou. - És fadista?