quinta-feira, 28 de maio de 2020

Fastread poetry

Cada degrau até uma flor perto de ti tulipas rosas construídas
hábeis mãos sonhadoras cheias de moinhos gigantes e ventos
tão soltos a girar velas de ir e ar, mar e de embarcar caravelas
pintadas em pratos de loiça antiga pendurados junto às janelas.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Qualquer órgão dá vida e beleza à humana condição. Qualquer movimento criativo é som e silêncio.





 beleza simples da verdade/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/40x50


A anedota da Anne Bota


 - Mãezinha, como se chamam aquelas árvores ali ao fundo?

- Olha, querida, só lá mais perto é que consigo perceber...

- São as mais altas que os prédios, mamã.

- As brancas? Essas são nuvens, filha.

- Árvores-nuvens? Que nome bonito! Afinal sabias.

terça-feira, 26 de maio de 2020

Queres pensar comigo LXVI

- Olá. Finalmente a bebermos um cafezinho juntos!

- Pois, e mesmo assim, com todas as cautelas...

- Agora fizeste-me lembrar a cena do António Silva no «Pai Tirano». O humor português sempre em trocadilho :) Claro que temos que ter cuidado, aquelas recomendações do costume... Cá em Portugal temos tantos lugares bonitos para passar férias!

- É verdade. Porque o meio ambiente é o que de melhor se pode usufruir em qualquer altura do ano, em especial em férias. E se optamos por transportes muito poluentes para circular, voltamos aos níveis de poluição que tínhamos antes da pandemia.

- Um pandemónio! É o mínimo que a humanidade pode fazer em homenagem à vida, em especial às vítimas do covid-19.

- O quê? Evitar retomar os maus hábitos? Não é fácil!

- Sei que não é fácil, mas é possível. Terá que haver mais problemas para se perceber que a preservação da qualidade do ambiente é caso de vida ou de morte? Para além de outras coisas, há que investir nos veículos menos poluentes, generalizando-os, ajudando a população com preços de baixo custo. Os luxos não são vitais. A circulação saudável e segura da população e dos bens, sim.

- Tens razão. Até milionários pouco altruístas têm sido castigados. Mas será que já perceberam a emergência e a abrangência da coisa?

segunda-feira, 25 de maio de 2020

A anedota da Anne Bota

- Sobe, Rita!

- Desce tu, Rui!

- Tenho cá uma coisa gira para tu veres, Rita... 

- Já sei que tens flores novas à janela! Vem p'ra baixo tu, sff.

- Eu tenho estado em baixo. E se tu me levantasses a moral?

- Por isso é que tens de descer... Com máscara, matamos o bicho.

- Onde? Aqui na rua?

Fastread poetry

 Vem, vamos ajudar a descobrir novos caminhos para o amor
com imperfeições, com preocupações, com despreocupações
a crescer em cada dia sempre a vencer, vê, mesmo na adultez
mesmo na velhice, mesmo no esquecer, sem o outro sem mim
porque o silêncio é som da vontade de ser, sermos apenas um.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Fastread poetry


Eia! Azul abraço convertido verde vivo com imenso esplendor 
enche de tons de sons dons o amor livre a crença ou a esperança
grita o narrar a humana epopeia bem cavalgar medos sedes vírus
espanta distraído, mundo, sentimentos esquecidos e abraça-nos. 

Biodiversifica-te.


Dia Mundial da Biodiversidade

quinta-feira, 21 de maio de 2020

A anedota da Anne Bota

- Só agora? Então, filho, não há espiga?

- Claro que não, minha velhota, comigo nunca há problemas.

- Estou a falar do ramo para hoje 5ª feira da espiga, rapaz. Já te esqueceste?

- Ah! Pois...Mas esforcei-me e trouxe um ramo de buganvílias...

- Andas a ficar muito espigadote!
 

Fastread poetry



Ó Tempo, dá algum tempo a este tempo intempestivo de castigo.
De castigo? o mais forte é inventivo.. e quem vai ao mar, amigo,
e também à terra, dá e leva, leva um cabaz de douradas de brilho
e um molho de nabiças para plantar no seu quintal não oferecido.
Morrer à fome, não. Nem morrer para o vírus. Só morrer contigo.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Vai um cafezinho?



 

Fastread poetry


Não trocemos de nós. E.T. não brincar num planeta a sério. Tudo
vai mudar? Quase tudo. Quase nada? E.T. viver em paz com vírus.
Com muitos vírus. Muitas pazes. Menos com os humanos parvos.

terça-feira, 19 de maio de 2020

domingo, 17 de maio de 2020

História de uma flor e de um gato que a queria namorar...


Era uma vez um gato que gostava muito de cheirar flores. Um dia, teve um sonho: ia ser amigo de uma flor muito especial. Uma flor mensageira. Olha, Robin, não será aquela? O Robin aproximou-se:
- Olá. O que é que fazes ao certo, minha flor?
- Olá. Deixo que as pessoas escrevam mensagens de amor nas minhas folhas.
- Como? Junto ao teu coração?
- É que eu sou uma flor muito especial. Sou uma flor-postal. Ora estou leve como uma flor, ora estou cheia com uma porção de palavras bonitas dentro de mim.
- E agora como é que estás?
- Tenho uma porção de palavras bonitas dentro de mim.
- Por isso é que estás tão radiosa.
- Sim. Queres ver?
- Oh! Que mensagem tão bonita! É de um aniversário de casamento?
- Pois é.
- Quem são o Manel e a Rosa?
- São os teus donos.
- A sério? Que bonito, amiga. Gostava de te dar uma lambidela de gratidão, mas com esta distância social...
- Não faz mal, querido Robin, vou lançar-te uma pétala como prova do meu afeto.

Robin, então, ficou estarrecido, de amor.

Pensamento do dia


E se houver estradas para andar, pois então, a gente vai continuar a procurar momentos únicos despoluídos com sentimentos pintados a verde e a azul, naquela direção onde o nosso discernimento é feliz.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

A anedota da Anne Bota





- Ai! dona Trovoada, mas que bela voz! Contralto?

- Gosta? Há quem tenha medo...

- Medo? Depois dos tenores quentes dos últimos tempos, abençoada seja, minha senhora.  

- E se me salta algum perdigoto?

- Ora então dê-me só um bocadinho para apanhar esta roupita, sff.