sexta-feira, 28 de setembro de 2018

A anedota da Anne Bota

- Vais a Alfama hoje?

- Sim, claro, ao festival de fado. Vais lá ouvir quem?

- Bem, vou ouvir os fadistas que conseguir. Têm vários palcos.

- Eu vou tentar ouvir a Hermínia Silva.

- Bem, essa é difícil...

- Vai ter muita gente, né?


Pensamento do dia

A essência do espírito de liberdade individual é inegociável ou irreprimível porque é a própria existência criativa.




quinta-feira, 27 de setembro de 2018

A anedota da Anne Bota

- Foste hoje ao mercado?

- Ao mercado da Bolsa?

- Hã? Aquele onde se gritam pregões a viva-voz.

- Agora os pregões são feitos por via eletrónica.

- Isso eu nunca me apercebi. Eu só costumo ir à banca do peixe e à dos legumes. E levo a minha bolsa com dinheiro vivo.

- 😶



Homenagem a Helena Almeida

O Rosto e o Espaço


As emoções
Rosa Maria Duarte
Óleo s/tela
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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Gostas de lugares de recolhimento espiritual?





A Igreja de São Pedro em Alcântara foi o primeiro que eu conheci...

Queres pensar comigo XXVII

- Alô. Hoje resolvi telefonar-te.

- Mas olha que está um tempo que merece ar livre.

- Tens razão. Vou descer.

(Passados uns minutos)

- Já aqui estou. Estás pensativo...

- Estava a pensar se a rapaziada, que passou por mim na rua há pouco, gostará da vida que tem.

- Eu acho que já se vai vendo com um respeito considerável a vontade dos mais novos.

- Que antes não se via?

- A ideia de que a 'idade é um posto' era muito forte. E nem sempre achavam que era pedagógico dar a palavra a gente novinha, com o argumento da inexperiência e da falta de maturidade...

- De facto, nota-se que cada vez mais os pais e educadores têm em consideração as opiniões dos mais novos. Há que ouvi-los, com atenção e proporcionar-lhes condições para desenvolverem os seus interesses. E chamá-los à razão também, quando é preciso.

- Diálogo, sim. Há quem diga: Então e depois quando se tratar das oferta no mercado de trabalho, um dia? Comer é prioritário.

- Pois. Claro que o futuro tem que ser pensado também nesse aspeto. E prepará-los para isso. Sempre conscientes da realidade, procurando 'ferramentas' utilitárias e, por outro lado, a noção da realização pessoal sempre em cima da mesa. E muitas serão, ainda assim, as desilusões e as boas surpresas ao longo da vida.

- Achas que todos os pais são, de facto, os melhores amigos para os filhos?

- Se não são todos, deviam de sê-lo. É o mínimo exigível a um ser humano. Ser um bom progenitor. Nem é pedir muito a cada um de nós. E, só por isso, já se justificará existirmos. Vizinhos de tantas espécies animais que são ótimos educadores.

- Sim. Animais educadores de excelência, sem qualquer diploma.


segunda-feira, 24 de setembro de 2018

A anedota da Anne Bota

- Vamos jantar, pessoal. Vamos numa feijoada à brasileira hoje?

- Dizes feijoada, mas pode ser cozido à portuguesa...

- Para mim, uma francesinha ou cachupa.

- Eu prefiro carapaus com molho à espanhola.

- Bem, agora à noite, se calhar o melhor é um sushi ou chop suey.

- Ou...

- Meus amigos, eu fiquei cheia, já.

- E eu empanturrada.😧

- Hã?

- Que viagem léxico-gastronómica! 🍛🍚🍣🐉🐾

- Anda que eu canto um fado no final. 😵







Voz do silêncio? Sim, sim, a voz do desapego e da serenidade.

😔😌Amar, perdoar, respirar com atenção.😉




domingo, 23 de setembro de 2018

Senhor Amolador, será que o clima ainda é nosso amigo?




Vou enviar-te uma mensagem de Paz
Rosa Maria Duarte
Óleo s/óleo
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Hino à brisa do amor sublime

Sorrir. Sons indefinidos estremecem a claridade
que vem chegando aos poucos ao solto humano olhar
aquietado. A brisa do amor do divino vem e ilumina
o silêncio do acontecer no interior cheio de amaciado
coração em botão bem recebido pelo amor sublime.



Escutar. Fresco de uma brisa toca rostos enlevados
soerguidos pela maravilhosa melodia da alegria pã
nascida do sangue vivo da vida natural e húmida
todas as manhãs orvalhadas pela sinfonia do amor.
Um botão do coração bem aberto ao amor sublime.



Serenar. Um respirar de peito entregue ao despertar
com mais um pedaço de corpo, diafragma de leveza
limpa de natureza sã e pã e de sentimento unificador
telúrico recebido em divina liberdade do agradecer.
Brisa de coração ritmada pelo hino ao amor divinal.


Rosa Maria Duarte






sábado, 22 de setembro de 2018

- Vamos ter muitas saudades de ti, Verão! Chama lá então o Outono (- Olhem que eu não garanto a chuva. - diz a umas horas daqui o senhor Outono).

- Pois...Não pensem que nós, estações do ano, continuamos as estóicas guardiãs do calendário planetário... (ouve-se do alto)





A anedota da Anne Bota

- Hoje levantaste-te cedo...

- Fui fazer as compras para o nosso passeio.

- Vamos onde?

- Vamos pentear macacos.

- Macacos???

- Bem, os macacos somos nós, eu e tu. Vamos ao Jardim Zoológico com os netos.

- Ah! E os netos? Já pertencem ao homo sapiens?



sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Pensamento da tarde

Repara no teu respirar: é a tua vida que está sempre em expectativa.


Solução PGR

(...)

- Então qual foi a solução encontrada?

- A solução para o contencioso da especulação?

- Não! A mistura que fizeste para chegares a esse aroma de marca...

- Ao meu Perfume Gerebera Roseiral? Juntei as pétalas mais aromáticas destas flores com alguma mestria... O que te parece?




quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Queres pensar comigo XXVI

- O que achas da sociedade moderna, em geral?

- Bem, esse assunto é muito vasto. Deixa-me que te diga que eu não sou daqueles que fazem a apologia do passado; pelo contrário. Eu acho que a Humanidade tem evoluído, apesar de tudo, claro.

- Então faço-te a pergunta de outro modo: qual é a tua opinião sobre da qualidade de vida do ser humano atualmente?

- Agora fizeste-me pensar numa peça de teatro que está no momento em cena e que se intitula «Imóvel» no espaço do teatro de São João no Porto.

- Ah!, creio que já a ouvi anunciar na RTP.

- Sim. Esta peça tem como texto o tema do crescente individualismo e da solidão no estilo de vida urbana atual.

- Queres dizer que o Homem, apesar de estar mais instruído e evoluído, deixa o essencial comprometer-lhe o bem-estar da existência?

- Nem mais. O Homem esquece o aspeto vital de ser naturalmente gregário e só pensa nos seus problemas, nas suas próprias necessidades. Fala de si, de si, de si, de si...

- E se assim fica cada vez mais só, quem é que o ouve?

- O problema é esse mesmo! A solidão afunda-o. Cada um de nós pode ter muito valor, mas só se enriquece verdadeiramente quando alia o seu contributo a outro(s) que têm como finalidade uma obra maior e coletiva.

- Como uma peça de teatro, por exemplo.

- Por exemplo. Eu sei que a nossa educação moderna é cada vez mais acelerada e os pais nem sempre conseguem proporcionar aos filhos a vida social saudável esperada. E depois, para além de outras variáveis, também há bons seres humanos que são mais solitários na formação da sua personalidade.

- Pois é, temos muitos traços distintivos entre nós e experiências únicas.

- Pois temos e que temos que sabê-los respeitar. Só assim saberemos evoluir. Mas, mesmo sendo uns mais sociáveis que outros, é preciso que não nos deixemos cair na indiferença, na ignorância, na segregação ou no egoísmo.

- Daí as grandes carências afetivas que estão na base da inquietação e angústias de hoje que, se formos atentos, podem ter tratamento à vista.

- É. Não podemos ser cegos. Porque a maior cegueira não é a do sentido da visão.

- É a do coração e a da mente.


Vamos amanhã aos fados?




Tasquinha do Fado
Rosa Maria Duarte
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