Bom ano de 2022. Que a batuta do nosso olhar seja aquela que nos eleva e orienta, a do maestro-mor incansável na construção de um mundo melhor para todos.

 

Fastread poetry

 És sonho, ó vento do pensamento entreaberto

tens tempo sem calendário a ser flutuar coberto

nos fios dourados dos segredos ser pó disposto

a olhar de frente o tudo o nada ó azul navegado.

 

FELIZ NATAL ***

 

Boa quadra natalícia para todos :)

 Ó meu menino Jesus, tão sereno e a sorrir, será que já és

sábio senhor a conversar com o sol a veres o mapa destas ruas

a falar do amor compaixão desapego dor natureza nossa irmã

ou és só infante sonhador no presépio no burrinho da manhã

à espera da estrela natalícia para ensinares para o discipulado?

Ó Artur, que brilhante que está a tua cidade natal!

 

Fastread poetry

 A ti chega a beleza natural da biologia silenciosa de um campo.

Reparas em cada pigmento desta foto luminosa eia a tecnologia!

Será que vês qualidade no gesto e no olhar fotográfico do autor?

Repara na luz contraste e no longe e no perto na objetiva ocular.

Mas...um intruso postiço denuncia descuido humano a espreitar.

Pensamento do dia

 Lançar os dados é um ato de vontade de arriscar para vencer. Ergue-se o braço do pensamento porque os pés não andam sobre o mar ou sobre as nuvens. A vida é estar presente.

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 Truz truz ai guirlanda que és brilhante nessa porta ó mãe natal

trazes saúde alegria amor perfumados para nós ó nascimentos

és natureza visceral galhos folhas flores seres pedra de advento

és solstício de luzes coroa com harmonia beleza ciclo do natal.

 

A anedota da Anne Bota

 - Ó senhor anão, por acaso sabes da Branca de Neve?

 - Quem é a Branca de Neve, menino?

- Hã? Não fazes ideia?? Que estranho um anão não saber... 

- Há muitos anões no mundo, menino. Pelo nome, deve estar com o Pai Natal...

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 Porque não cantas, pássaro engaiolado, aí posto à janela?

O céu está cinzento o ar espesso de frio nuvens a dançar...

Quem não quer que fujas? Não és dono de ti, passarinho.

Se não cantas não encantas. Pode ser que te libertem, eih?!

Queres pensar comigo LXXIV

 - Bom dia. Já não nos víamos há algum tempo, amigo!

- É verdade! Esta pandemia... Ainda bem que nos encontrámos aqui nesta esplanada. Apesar do frio, esta claridade está agradável. O que tens feito?

- Tenho pensado.

- Eu também. Em que é que tens pensado?

- Em várias coisas. Na música, por exemplo. Como ela é tão importante para o ser humano comunicar! Desde sempre. Nesta pandemia, nos encontros, nos rituais...em todas as culturas. Antes de sabermos falar uns com os outros, já o humano primitivo comunicava por cadência de sons e usava a natureza para o fazer.

- Sim. Agora que falas nisso, pus-me a imaginar uma árvore com o tronco em forma de guitarra portuguesa, cheia de ramos e folhas, meia despida devido ao outono, com raízes fortes na nossa terra.

- Que imagem bonita! A verdade é que a maior parte dos instrumentos musicais são criados a partir dos recursos da natureza. Há uma dádiva natural na música. Até os sons são inspirados da natureza. Natureza de que nós, humanos, fazemos parte, claro.

- Então a música é uma forma inclusiva de comunicar com e para todo o universo.

- Sem dúvida! Por isso nós nos sentimos tão bem a comunicar através da música. E a poesia é também, por excelência, a melodia das ideias e dos sons.

- E há estilos musicais tão diversos, uns mais próximos da recriação da natureza, outros mais experimentais...

- Queres amanhã vir a um espetáculo connosco? Vamos ver...

 

                    A árvore-guitarra/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/55x46

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 Há galáxias de laranjas no fundo entrançado de seus vimes.

Há planetas perfumados cor de sumos decorados de verbos.

Há hemisférios suculentos com cor de folhas e cheiros seus.

 

Pensamento do dia

 

Há um cheiro de maresia na roupa e no olhar da criança que existe em cada um de nós que nos ajuda a reparar e a valorizar as coisas mais belas da vida.

Fastread poetry

 Ó espontâneo pictórico pequeno cogumelo que vives nesse cepo

sob o amarelo do sol o brilho fresco da chuva o verde do musgo 

és saboroso venenoso sensaboroso inofensivo ó suco do nascer!

Pensamento do dia

 Ao longo da nossa história, quantas vezes ficámos parados à porta do desconhecido e não entrámos. Hesitamos à espera de um sinal. O silêncio do momento entretanto mostra-nos que o maior desconhecido somos nós mesmos. E aí respiramos fundo e aventuramo-nos a visitar a nossa própria casa.

MUITOS PARABÉNS, QUERIDO DANIEL, PELOS TEUS 35 ANOS DE IDADE. SÊ FELIZ, NA COMPANHIA DA MARTA E DO TIAGO. BEIJOCAS, LINDO.:)

 

O vucão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma, continua a fascinar e a desesperar...com lava, rochas, gases, um ventre a explodir, a queimar e a redesenhar a história e a geografia.

 

                    Vulcão de La Palma/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/55x46

A anedota da Anne Bota

 Diz uma nuvem para outra:

- Porque é que andas sempre ao sabor do vento?