quarta-feira, 30 de setembro de 2020
Os humanos viageiros
Os humanos viageiros vão de lugar em lugar na esperança de encontrar uma estalagem no coração do planeta.
Viajam o mais que podem à espera de encontrar em cada beleza a maior do universo.
À luz do dia, ao crepúsculo, no manto da noite, constroem castelos na areia bem perto da espuma fresca do mar e do céu.
Procuram nas mais belas paisagens os recantos exóticos e românticos em cada viagem em profunda liberdade.
Atualmente, talvez mais por terra e por mar do que por ar, e confirmam a astronomia, a astrologia, a alquimia, a física, a matemática, o digital.
Chegam mais uma vez ao lugar de nascimento, mas partem de novo.
Insaciados. Quantas voltas ao ventre da descoberta fugidia?
Sentindo-se envelhecidos, chegam de novo. E descansam. E sonham viajar.
Olham então a janela do quarto solitário. Será que descobrem no espelho do triste roupeiro a beleza da poesia no olhar escondido do seu rosto humano?
terça-feira, 29 de setembro de 2020
segunda-feira, 28 de setembro de 2020
A anedota da Anne Bota
- Sabes onde fica este lugar?
- Mal o vejo! É o Seixal, não é?
- Vais pôr like?
- Onde? Não sentes o meu like?
- Vais clicar?
- Queres o meu like ou o meu clique?
- Que estranha forma tens de gostar, pá.
domingo, 27 de setembro de 2020
Fastread poetry
Somos meninos a brincar no horizonte cheios de estrelas e de mar
à procura da concha voadora que nos leve a um tempo de embalar
à música mais pura cúmplice do humano ancorar sonhos de âmbar
escutada do fundo do ventre quente da mãe-terra amada a respirar.
Somos sorrisos inocentes na noite fria de luar e maresia a versejar
o encontro do brinquedo com o seu brincador ansioso de o libertar
do sentimento ao conversar com ele e o olhar perceber no seu tocar
é mundo de eterno querer desvendar o universo de crescer e d'amar.
Versos dedicados a Tiago da Silva Duarte
sábado, 26 de setembro de 2020
Muitos parabéns, bebé Tiago, pelo teu 1º ano de vida, querido. :)
Um grande grande abraço de amor, muitos beijinhos fofinhos e um comboio cheio de surpresas boas pela vida fora, ao nosso netinho, bisnetinho, sobrinho, priminho, amiguinho.
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
Fastread poetry
A mente quando mente não é realmente veemente nem sente
a lente comovente da indigente complacente semente somente
producente ou desmente e lamenta a doente que alimente a crente
que valente quando vence altamente e misteriosamente se consente.
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
terça-feira, 22 de setembro de 2020
Pensamento do dia
Não queiras comprar ideias. Escolhe as cores e cria as tuas.
Ainda há pensamentos genuínos. Preza a liberdade de seres.
Viaja o coração num céu sem aeroporto nem alfândegas. Voa.
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
A anedota da Anne Bota
- Ó Magritte, és incrível! Continuas a viver nas nuvens.
- Achas, Dalí? Despacha-te que daqui vês melhor.
- Mas...onde estão?
- Já passaram. Agora são apenas persistência da memória.
domingo, 20 de setembro de 2020
Petite chanson enfantine
- Ó meu amigo céu de rio, quantas nuvens contas hoje?
- Aqui, estimado céuzinho de campo? Talvez por aí umas mil...
- Já? E nessa água embebedada com chuva, quantas algas de rio?
- Ora, ora, amiguinho! Tantas quantas as tuas folhas secas sem navio.
sábado, 19 de setembro de 2020
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
A anedota da Anne Bota
- Ó dona, já chega de escrever.
- Robin, deixa-me acabar esta página do meu diário do Covid, sff.
- Que seca! Espera: ainda usas esferográfica?? 😹
- Ganhaste. Toma lá paté, seu metediço.
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Queres pensar comigo LXVIII
- Olá amigo. Ao tempo que não falávamos....vieste com a chuva!
- Olá. Foi o tempo :) A chuva é inspiradora. Molha-nos o corpo e a alma.
- Também gosto de ver chover. Faz-me pensar.
- Tens pensado muito?
- Vou pensando...e observando...e conversando...e trabalhando... Tenho pensado que esta crise pandémica revolucionou o mundo. Há quem diga que tudo vai voltar ao normal um dia, mas eu acho que já nada ficará igual.
- Para melhor?
- Essa é a grande expectativa, mas acho que há uma corresponsabilização em cada um de nós que pode melhorar o mundo. Se o outro não estiver bem, mais cedo ou mais tarde eu vou sentir isso.
- Então chega de andar a apontar o dedo...cada um tem que fazer a sua parte.
- Sim. Bem, não devemos de abdicar do nosso sentido crítico e autocrítico. Devemos pensar pela nossa própria cabeça. E respeitar o outro pelas suas convicções e idiossincracias.
- Ou seja, respeitar o outro também nass suas necessidades legítimas. Mas o ser humano continua a ateimar no controle sobre o outro, a querer decidir pelo outro, a determinar o perímetro de liberdade ou não liberdade do outro... Mesmo em democracia...
- Menos em democracia, se for realmente democracia.
- Mas mesmo assim...
- Então o que é achas que falta ou falha nisto tudo?
- Uma educação participada por todos, consciência de grupo, crescente autoconhecimento...
- Ou seja, boas lideranças.
- É que todos contamos, não é?
- É verdade. Ninguém pode ficar de fora no projeto de construção.
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
Fastread poetry
São sete? Sim, sentes o som silvado do sonho subido do sítio
salgado sete sombras sopradas até ao sábio senhor tão soldado
sem salário sibilado sambado santificado serpenteado de azul?