segunda-feira, 29 de setembro de 2014

a batuta do olhar: LANÇAMENTO DO SEGUNDO ANO DO RLG REPORTAGEM

a batuta do olhar: LANÇAMENTO DO SEGUNDO ANO DO RLG REPORTAGEM: O SEGUNDO ANO DO JORNAL DIGITAL RLG REPORTAGEM Estimados visitantes, Com o início do ano letivo de 2014/2015, o jornal digital RLG ...

LANÇAMENTO DO SEGUNDO ANO DO RLG REPORTAGEM


O SEGUNDO ANO DO JORNAL DIGITAL RLG REPORTAGEM


Estimados visitantes,

Com o início do ano letivo de 2014/2015, o jornal digital RLG REPORTAGEM retoma a sua atividade. Entra no seu segundo ano de vida.

Como fundadora e coordenadora do projeto, cabe-me informar-vos que é nossa intenção melhorar o formato gráfico do RLG Reportagem, quer nas suas secções, quer no grafismo e no acesso para a consulta diária. Vamos ver o que se consegue fazer…

O texto de reabertura está preparado pela equipa do jornal, ainda que a prioridade na produção e publicação jornalística ao longo do ano seja dada, pela sua vertente pedagógica e didática, aos alunos da nossa escola e do agrupamento.

Como sabem, o jornal RLG Reportagem é um conteúdo ativo da página eletrónica do Agrupamento Ruy Luís Gomes. E todos os outros conteúdos são igualmente interessantes e merecem também a nossa visita (como, de resto, quase que inevitavelmente costuma acontecer).

Apesar de neste ano letivo eu dispor de menos tempo para me dedicar a este projeto jornalístico, procurarei manter a mesma determinação e entusiasmo ao dinamizá-lo.

Na BE/CRE da escola-sede irá ser colocada uma caixa de correio, devidamente identificada, destinada a receber textos e sugestões para o nosso jornal, bem como a inscrição de alunos voluntários para a atividade nova a ser promovida por este jornal intitulada «Banco de Ajuda». Esta atividade tem como objetivo integrar melhor os alunos na sua escola, designando padrinhos e madrinhas para os mais novos que assim o desejem, promovendo pequenos auxílios mútuos, enfim, maior comunicação entre pares.

Queremos agradecer encarecidamente aos que nos têm apoiado e visitado até agora, em particular à diretora do nosso Agrupamento e também ao diretor do jornal digital Setúbal na Rede, que nos inspira jornalisticamente falando e que conta sempre com a nossa participação no seu «Jornalismo na Escola».

Para enviar textos por email, podem fazê-lo para os seguintes endereços: luisabatista@ruyluisgomes.org     rosaduarte@ruyluisgomes.org

Obrigado e um bom ano para todos. E estejam atentos.

                                                     Laranjeiro, 29 de setembro de 2014

                                                              Rosa Maria Duarte

                                                (profª e coordenadora do RLG Reportagem)
 

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

crónica publicada no «Setúbal na Rede» e no «Diário da Região»

Educação
por Rosa Duarte
(Professora)
       http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=21836


                                    O ARRANQUE DO ANO LETIVO A 11 DE SETEMBRO
 
Este ano, a data oficial anunciada para o início do ano letivo foi entre 11 e 15 de setembro; algumas escolas iniciaram a 11 e muitas a 15 de setembro. Nada demais, pois para o calendário qualquer data é boa. Quanto mais cedo, melhor, há quem pense… Há catorze anos o dia 11 de setembro era uma data vulgaríssima. Talvez curiosa por estar a 111 dias do final do ano civil. Mas agora, mais do que qualquer lembrança ou efeito, vira-nos o olhar para o mundo de hoje, dentro e fora dos limites do país, dos continentes e, no caso, das suas escolas.

Estando eu integrada numa escola secundária, constato e tenho participado do entusiasmo geral em cada recomeço letivo que, malgrado, inevitavelmente tem alimentado o estigma do número preocupante dos professores que ficam desempregados e, também, da gradual perda de direitos dos que continuam no ativo.
 
Fora portões, os problemas escolares não se diluem, bem pelo contrário; as suas raízes duras e persistentes denunciam-se, visíveis nas famílias desestruturadas e carenciadas, na população com fracas perspetivas face ao mundo do trabalho, nos sérios problemas de inserção social e aceitação da diferença…
 
Acontece que a angústia e o desespero são potenciais inimigos da ponderação e da clareza de espírito. E esse é o 11 de setembro da atualidade.
 
Com os atentados à liberdade e à dignidade de vida das pessoas, proliferam atos de violência e de terrorismo. Somam-se testemunhos de empregados mal pagos e maltratados. De empregadores desapoiados e revoltados. De jornalistas sequestrados e até decapitados por jovens que, noutras circunstâncias, poderiam estar a aprender com esses ou com outros jornalistas experientes.
 
São graves as atuais violações dos direitos humanos.
 
As lamentáveis consequências do 11 de setembro de 2001 deveriam já ter ensinado o mundo a repudiar cabalmente a arma do terrorismo. Muitas têm sido as abordagens das causas e consequências do terrorismo em diferentes circunstâncias, expressões e suportes de comunicação de massas, e não só, com o objetivo de desenvolver o espírito coletivo inequivocamente contrário ao uso do terror psicológico e físico.
 
Afinal, o que está a falhar no processo educativo, no caso ocidental, entre os povos onde o terrorismo é condenado e, no entanto, está em crescendo? Quem foram ou são os pais, os professores e os amigos destes jovens que participam em atividades terroristas, e quem os alicia e como?
 
Estarão alguns atuais valores em vigor tão enfraquecidos por práticas de má cidadania dentro das instituições, sobretudo por parte daqueles que têm uma responsabilidade social acrescida, ao ponto de involuntariamente empurrarem certos indivíduos mais vulneráveis para o desânimo profundo e para atos contraditórios de manipulação, repressão e agressão organizados?
 
A educação é, por excelência, o antídoto do terrorismo.
 
Mas a educação não se basta a si própria. Tem sempre que ser questionada a cada passo. Refletida individualmente e em grupo. É uma obra humana que exige aperfeiçoamentos e reajustamentos constantes ou mesmo modificações profundas. Claro que as escolas nem sempre estão preparadas para o melhor modo de educar. Até porque as experiências pedagógicas precisam de tempo para darem resultados válidos. Por hábito, o ser humano reage melhor à estabilidade do conhecido do que às alterações, inovações ou reposições. A educação nunca está concluída e não pode ignorar as necessidades da comunidade e do indivíduo. É um processo em ação, se o queremos desejável.
 
E a este propósito, há dias recebi, entre outras, uma breve mensagem sobre esta problemática educacional do professor Jimenez R. José Luis, da Universidad de Santender, que citou o seu livro em preparação "Por un intento de cambio desde una educación propiá"(2013), comentando criticamente a perda de tempo no trabalho do professor com o mero recenseamento da informação aos alunos, o que condena as novas gerações à imitação e à imolação do seu crescimento pessoal, num tempo com claros sintomas de decadência cultural.
 
Em abono da verdade, muitos professores, sempre em luta pela causa educativa ao longo dos anos, têm sido mais do que meros transmissores de conhecimentos e procuram agir de modo efetivo na transformação da instituição-escola e no mundo.
 
Contudo, a sua ação só consegue desvelar-se com sério êxito quando a concertação leva à participação de todos, que só com intuitos construtivos resultam mais e melhor.




 


Rosa Duarte - 17-09-2014 09:11

[Setúbal na Rede] - O arranque do ano letivo a 11 de setembro

[Setúbal na Rede] - O arranque do ano letivo a 11 de setembro

terça-feira, 16 de setembro de 2014

olhem e topem quem é...


ELEGIA ÀS ARTIMANHAS DO POBRE SONSINHO
 

LEMA: AS FALHAS DO OUTRO SÃO SEMPRE MELHORES DO QUE AS MINHAS
 

Como matreiro que o mundo é!
 

Coitado do pobre sonsinho
 

Vive elogiando-se a si

E dirige-se às falhas do outro

Para que não reparem que são

Iguais ou piores as suas.

 

Gosta de ser contemplado

Aqui, agora e além

Lamenta-se a todo o instante

Só para que reparem em si.

 

Toda a justiça é injusta

E ai de quem não goste de si!

É um espelho de cavalaria

Neste mundo pervertido.

 

Gosta de sentir-se compassivo

À espera de um ombro amigo

Cheio de poderosa franqueza

Menosprezando a inteligência alheia.

 

Em toda a ação complacente

As suas são as mãos menos leves

E chega a fingir que é dor

A dor que, ao fim e ao cabo,

deveras sente e ressente.

 

16 de setembro/2014

Rosa Maria Duarte