sexta-feira, 30 de novembro de 2018

A anedota da Anne Bota

- Já viste o recente filme «Isto é Vida», «Life Itself» de Dan Fogelman? Muito bom. Muito bom mesmo. Simples e de tripar.


- Mas tu ainda te deslocas para ir ao cinema?


- Claro que ainda vou. Gosto ver as estreias em grande ecrã. Tu não vais?


- Não.


- Porquê?


- Não gosto de ouvir mastigar pipocas.


- Tu não gostas de pipocas?


- Eu gosto. Mas não gosto de me ouvir comer pipocas.











Quantas leituras já foram feitas do romance «Os Maias» de Eça de Queirós (ao fim de 130 anos após a sua publicação)?

Presto aqui a nossa homenagem à obra-prima «Os Maias» e ao seu ilustre autor José Maria de Eça de Queirós.
Muitas páginas com tanta mestria!


Aprende-se sempre. Muito obrigado, Eça.


Casa de Tormes (monte que desce até ao Douro)
Fundação Eça de Queirós
2002










Eça de Queirós
Rosa Maria Duarte
Óleo s/tela
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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Um momento de fado no Clube Recreativo da Cruz de Pau















- Achas que a tauro mexe com muita maquia?

- É pá, eu respeito a nossa cultura e sei que a tauromaquia é a vida de muitas regiões. É o nosso povinho de fortes raízes ibéricas. Terá de se  ir ajustando, pois claro... Que ficará na história, sem dúvida!

- Venha o velcro?

É que eu sou amigo do touro, pá
Rosa Maria Duarte
Óleo s/tela
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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

A anedota da Anne Bota

(Numa horta vizinha)


- Ai as minhas pernas, rica vizinha. Estou mesmo velhinha! Diga-me, comadre, que dia é hoje?


- É quarta-feira, Dona Perpétua. Então porquê?


- Não é que se me acabaram as couves, boa senhora?!


- Que chatice! Experimente a feira…

- Não sejas quarta-feira, mulher...Já não sou nenhum Jumbo!















Queres pensar comigo XXXVI

- Olá, amigo.

- Bom dia. Como estás?

- Estou bem. Viste ontem aquela nuvem descida a meio da ponte 25 de abril? Não se via quase nada. Parecia a humidade de Londres. Mas depois da ponte estava o sol à nossa espera...

- Foi? Estive em espaços fechados. É engraçado que declarámos já há muito o nosso amor ao sol. Ao rei Sol. Ao deus Apolo. E os nossos santinhos subscrevem-no. Diz-me uma coisa: gostavas de ser santo?

- Eu? Acho que não. Ser santo, verdadeiramente santo (não um pseudossanto), implica um espírito de abnegação que não tenho, de facto.

- O ser humano não tem esse espírito de abnegação. Aqueles que dizem que o têm são os que não o têm mesmo, eu acho.

- Tens razão. Um santo não se anda a autoelogiar. Há, contudo, seres humanos um pouco mais vocacionados para o serviço ao outro. Ainda que, em geral, numa emergência acho que qualquer um de nós consiga desencadeá-lo numa situação de preservação da espécie. Da sua prole, muito em particular.

- Sim. E aí é o nosso instinto animal, puro e duro, não é? As boas ações não fazem de nós santos.

- Não. Mas e se desenvolvermos essa nossa vontade de fazer melhorar o mundo?

- Ótimo. Mas olha que o santo só é santo porque conhece a alegria de ser livre nas suas ações sem epítetos humanos ou mordomias.



segunda-feira, 26 de novembro de 2018

domingo, 25 de novembro de 2018

A anedota da Anne Bota

- Miúda, já fizeste a árvore de Natal?


- Não. Posso desenhar uma?


- O que eu estou a perguntar é se já enfeitaste uma árvore este ano.


- Uma árvore qualquer?


- Bem...é costume ser um pinheiro, mas podes enfeitar qualquer árvore.


- É que eu não tenho pinheiros no meu quintal.


- Então enfeita outra árvore.


- Também não posso.


- Porquê?


- Porque não tenho quintal.









- És mesmo bonita! - diz o kiwi para a maçã. - Então e eu? - pergunta a romã.

 - Vocês sabem que somos todos cobiçados. Até o figo seco… Claro que uns mais do que outros...
 - Pelas crianças, não é?
 - Algumas agarram-se a nós e não nos largam!
  - Até dá gosto, não é?
 - O que é que se passou que não vos vejo? Já foram comidas?
 - Achas? Nós somos apenas feitos de tela e tinta de óleo.
Rosa Maria Duarte
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- Jura? Não existimos mesmo? Estavas a dizer que eu sou bonita…

- E és, mas nasceste na cabeça do pintor e não numa macieira.