Sabem o que é esta estrutura feita de garrafas de plástico reaproveitadas? Uma estufa. Bem visto, não é? Em vez de estarem no fundo do mar ou em aterros...

 

Também cantámos, juntinhos, a efeméride do Cante Alentejano. Também em Almada :)

 

Mais uns momentos de fado numa tertúlia em Almada. Somos gente de (a)mar e partilha.

 

Quem somos? O passado e o presente. Com arte e história. Pontes e muros. Gestos efémeros e traços duradouros. (Des)ligados uns (d)aos outros? Somos vestígios da nossa passagem. Harmonia e luta. Vamos caminhando e desvendando lentamente o projeto comum...

 

A Canção do Mar (da Caparica). Um fado com destino: para agradecer a vida. Muitas vozes. Um poema.

 

Fastread poetry

 Fecha os olhos. O que sentes? O vento oferece-te um beijo

a chuva pérolas espelho a terra perfumes adocicados fortes

cores e luzes e sombras mantos vivos caruma e cogumelos.

A anedota da Anne Bota

- Olá, folhinha. Estás farta de dançar hoje!

- Olá, amigo caminho. Estamos no outono, querido. Tempo de me soltar, dançar no ar e descansar no teu caminho. Diz-me: achas que há folhinhas que vêm de outros planetas?

- Porque é que perguntas, folhinha? Ah, pois! Andas a esvoaçar à volta daquele radiotelescópio cor-de-rosa...é uma flor, moça!

- 😍Tão giro!

 

A poesia é um botequim cheio de corações onde cantar é dizer cada verso alado em tons de nascimento (natalis).

 

Gato esfíngico sobre uma guitarra e muitos cogumelos, a meditar.

 

                         Gato a meditar/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/55x38

É pá! Hoje o Mestre está inspirado. Grandes pinceladas!

 

Fastread poetry

 Vamos vamos segue segue e o ponteiro a rodopiar

as carruagens a deslizar o condutor apita a chamar

os passos mala rolam apressados entram ai a pisar

os silvos são de emoção comoção vamos embarcar.

Os braços floridos da vontade de crescer em comunhão com a vida permitem serenar o coração, a mente e expandir a consciência. Sermos quem realmente somos.

 

Fastread poetry

 A noite desce lá do alto ainda mais cedo vem sombrear

os caminhos os cabelos os olhos a lua a rua e abrilhantar 

o olhar as pedras as copas das árvores os mochos a piar.

- Obrigado, mãe, por nos lembrares que o pai fazia hoje 96 anos, se estivesse entre nós. Ele estava sempre à espera de receber telegrama(s) nesse dia. Nós, pequenitos, só tínhamos uma moeda para lhe oferecermos (mais) uma caneca tradicional de barro. Muita saúde, mãe.

 

E se fôssemos pessoas-cogumelos? Evitaríamos o nível crítico atual de desequilíbrio ambiental?

 

Os fungos, como os cogumelos, são grandes recicladores e devolvem ao solo grande parte do material morto, como árvores, plantas, folhas e animais mortos encontrados nas florestas. Sem eles, estaríamos soterrados de matéria orgânica morta e não decomposta.

Os fungos também ajudam no crescimento da maioria das plantas, desenvolvendo associações com as raízes de plantas, aumentando o acesso à água e minerais. Este trabalho de equipa é fundamental para que matas e florestas permaneçam vivas.

 

Obrigado, amigos fungos.

                                Pessoa-cogumelo/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/55x38

O fado ajuda-nos a desvendar o amor que existe entre o som e a alma.

 Fotos de Manuel Duarte no restaurante «O Saloio de Caneças»