Suculentos são os momentos de luz nas mãos e no olhar
árvores da vontade crescem e partilham os frutos a dançar
ramos agradecidos com peso e poemas sumarentos a amar
belezas maiores artilharias de versos nos corações a dilatar.
Sejamos amadeos da observação, da contemplação, da construção, da paz e do futuro.
Venham,
Flores brancas de laranjeira perfumem de paz sonhos dos campos
alegrem os altares de pólen anéis de abelhinhas cores e luz de mel
levem a generosidade da lua enamorada ao sol altos sentimentos.
Manto de céu cobre o olhar envergonhado dos tempos
águas agitam-se cinzentas a chuva é amarela quasazul
ventos de pó viajam da fome a guerra dos mastros nus
escurecem um sol branco espelhos de espuma sombra
escorrem pelo sentimento teimoso de ser luz e ser dia.
Se precisam de um acordo duradouro e que sirva com clareza as partes envolvidas, façam-no, respeitando a soberania dos Estados.
STOP THE WAR!/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/55x46Temos folhas no cabelo na cabeça na roupa no sentimento
Temos sombras no pensamento verde veios de seiva versos
no verso e reverso de braços hirtos ramos férteis de amanhã.
A vida é um baloiço de rua que mostra o céu e a serra, o castanho e o azul, a alegria e a tristeza, a liberdade e o esquecimento, a sombra e a luz em cada movimento ascendente-descendente, tão perto do horizonte.
- Olá. Sabes dizer-me onde é que estou, sff?
- Olá botão de rosa. Estás aqui ao pé de mim.
- Como é que te chamas?
- Não sei bem porque ainda sou pequenino como tu, mas quando crescer chamam-me um figo.
A ti, mulher, caminho-guitarra na estrada de sentimentos
vorazes olhas a sinfonia toada tua sonora no caminho dos
sonhadores musa de afetos abetos filhos netos a dedilhar.
