A terra e o mar fundem-se no fundo do mar no escuro das profundidades e beijam-se à luz do sol com as marés.

 

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Fastread poetry

 Verticais são as linhas do esguio corpo de uma árvore crescida

velha caverna com veios de história seiva dádiva perfume livre

abrigo de segredos de sobrevivência seus e daqueles hóspedes

satélites de asas e pernas e penas e ar filhos pequenos da terra.

- Oh! Vem cantar connosco aquela música do marinheiro fadista que dedilha sobre as águas do mar e mora num pedaço de madeira chamado barco com um luar imenso...

 

      O amor entre o homem, o fado e o mar/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/30x40

A 7ª arte e a sua história... Se não fosse a expressão artística, o que seria de nós?

 

Vamos brincar ao Carnaval, mãe?

 

Uma Quinta Pedagógica na Arrábida com burros e outros animais :)

 

Bom fim de semana.

 

Fastread poetry

 De caule posto na terra húmida com as folhas toco brilhantes

amigas animada vizinhança silvestre como eu aqui sonhadora

moramos onde as nossas raízes são livres de crescer e colorir. 

A anedota da Anne Bota

 - Bom dia. Ó ai, ó linda!

- Bom dia, campo.

- Bom dia, flor. 

- Mais um dia de São Valentim, amor?

- Só se a prenda for um belo dia com a menina prima Vera, linda.

 

Biopintura: Se o nosso coração cresce e fica cheio de cor e forma ao lado de quem amamos e com quem aprendemos, então é daqueles que mais facilmente rompe e sangra com a dor e os infortúnios da condição humana...

 

                                        Biopintura/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/55x46

Se se empurra alguém para trás ou para baixo, e se o instinto de sobrevivência for daqueles que verdadeiramente se defendem, os efeitos de afirmação são variadíssimos e alguns muito curiosos...

 

Fastread poetry

 
Um b de barco navega no pensamento da criança pensativa

sem pressa apenas agitada pela ondulação dos seus cabelos

atenta aos pequenos círculos dum sonho com areia casa céu

um b de bugio breve bravo forte rosa barquinho abandonado.

Todos temos lugar na casa do pescador, na casa do semeador, na casa do pensador, na casa do sonhador, que é afinal a casa onde vivemos a tempo inteiro: a nossa mente.

 

                           Onde vivemos?/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/50x40

Fastread poetry (recordatória)

 Recorda-me que o tempo de respirar fora de água é também limitado

juntos somos mais fortes dentro e fora o sabermos partilhar ar e água

nademos como um só voemos como um só caminhemos como um só

no território do sem empurrões beliscões pisões com um colo apenas.

Fastread poetry

 Somos grandes pétalas rosadas a bailar à aragem fria do momento

aconchegadas umas nas outras em pequenos colos casulos semente

renovação da espécie à mercê da mão alheia comovida com beleza

tão efémera na palma despida do transeunte à espera de ser húmus.

O sol espreita, tímido, por entre nuvens brancas e cinzentas, iluminadas pelo chilreio dos pássaros impacientes e curiosos...

 

No nosso olhar, há moinhos de vento, moinhos de maré, moinhos de (con)sentimento, moinhos de tempo, moinhos gigantes, moinhos de gente, moinhos de sonhos e de pão.

 

Na nossa mente, há toda uma cidade de imagens, pensamentos, sons, quantas vezes com lua e sol, sombras e luz, verão e inverno, ruido e silêncio, solidão e convívios, anónimos em família.

 

                        A cidade da mente/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/50x40

Torres Novas, uma cidade simpática com história...