domingo, 28 de fevereiro de 2021
sábado, 27 de fevereiro de 2021
Fastread poetry
Se queriam brincar ó sombras chinesas bailes de quimonos de luz
dancemos ó prédios iluminados com cimos de ruas a namorar luas
neste entardecer desenhado contraluz feito vontades épicas puras.
A anedota da Anne Bota
- Mamã, posso ir brincar com aquela nuvem pequenina?
- Sabes que enquanto não morrer o novo corona vírus, é difícil voar.
- Então vou ficar aqui à janela à espera dela, mamã.
- As nuvens não fazem visitas, querida. Oh! Que nevoeiro repentino é este? Filha...?
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
Pensamento da tarde
Somos um projeto narrativo quotidiano a crescer e a desvendar cada olhar de frente para o tempo-mistério de uma vida que não é pouca...
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
História pequeníssima de uma gaivota, das suas amigas e de um pato velho que as comovia
Era uma vez uma gaivota com expediente que um dia desafiou as amigas a fazer algo de útil à comunidade animal, tipo um voluntariado.
Então, decidiram ir todos os dias de manhã, quando a maré vazava num braço do Tejo para os lados da margem sul, ela e as suas companheiras limpar os aposentos de outros vizinhos animais idosos e solitários.
Encontraram um pato branco que vivia em cima de um pedaço de cortiça velha presa à margem, na Arrentela, que era o que restava de uma pobre e humilde embarcação humana.
Acontece que esse pato branco atraía as atenções dos reformados e dos confinados que lhe deixavam pão e folhas de alface ao fundo de umas escadas escuras pelo tempo, lambidas pelas humidades e algas secas.
O pato branco já conhecia algumas pessoas generosas. Logo que as avistava, lembrando um autêntico cachorro, saía a custo dos seus aposentos, pois já seria um pato cansado da idade, e cambaleante vinha aos últimos degraus tomar as suas refeições.
Ora, a gaivota e a sua equipa, comovidas, aguardavam pacientemente que o pato tomasse a sua refeição, demoradamente. Mas logo assim que este se preparava para inverter a marcha, o esquadrão de limpeza, benemérito, fazia as suas devidas obrigações e limpava escrupulosamente aquele ponto de entrega de comida ao domicílio com a dedicação que merecia um velho pato solitário de uns seres voadores dos sete mares e esfomeados.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021
A anedota da Anne Bota
- Bom dia, Fernão. Logo de manhã a esticar as asas!
- Viva pessoal. Posso aterrar aí no vosso parapeito?
- Está à vontade. Come aqui qualquer coisa. O que é que vai?
- Se eu fosse uma gaivota normal preferiria um peixinho fresquinho, mas venha de lá um naco de pão com uns coentrinhos em azeite.
- Alentejana dum cabrão!!
terça-feira, 23 de fevereiro de 2021
Fastread poetry
Há um barco terno no tempo que não tem pressa de navegar
apenas gosta de se embalar dia noite ver o pôr do sol a sonhar
talvez consigo indefeso nas ondas libertinas tão pronto a amar.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
domingo, 21 de fevereiro de 2021
sábado, 20 de fevereiro de 2021
A anedota da Anne Bota
- Oh, que pena! Tenho saudades do tempo em que andávamos de avião. Não tens, marido?
- E a poluição que fazem? Se tens saudades, põe-te aqui à janela a vê-los passar...
- Achas que passam?
- Um ou outro...
- Vêm donde? Não os oiço...
- Vêm do lado do mar e só grasnam de vez em quando.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021
Fastread poetry
Ai, sol! pareces um incêndio no meu pensamento a atear
ideias boas ou loucas ou soltas de sentimentos a deliberar
olhares acesos de tempo incerto vento relento a empurrar
potencial discernimento apaziguamento tu sabes declamar.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021
A anedota da Anne Bota
- Ó senhor polícia, eu vim passear o meu amigo.
- Mas de que tamanho é ele que não o vejo?
- Está ali em cima daquela chaminé. Anda para casa, Fernandinho.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021
A anedota da Anne Bota
- Ollháá laranjinha booa! Vai um quilo, vizinha?
- Ó rapariga, que andas aqui a fazer? Vai mas é para a escola!
- Ó dona, eu até ia, mas está fechada. Ao menos assim, pode ser que me contratem para algum concurso de fado...
terça-feira, 16 de fevereiro de 2021
Fastread poetry
Somos um banco de pedra à espera de algum transeunte que nos venha cumprimentar e sentar e alimentar a esperança de que essa centelha divina toda gente fala é estrela mineral bondade singela.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021
A anedota da Anne Bota
- Queres que te dê mais tempo, é isso?
- Sim, sff. Duas voltas de calendário.
- Tanto?? Pretérito, presente e futuro?
- Pelo menos um futuro imperfeito.
domingo, 14 de fevereiro de 2021
sábado, 13 de fevereiro de 2021
Pensamento da tarde
Sê forte na tua vontade de seres o teu próprio caminho numa história partilhada e reescrita a cada exercício no quotidiano.