Andas sempre de cabeça nas nuvens! Rosa Maria Duarte Óleo s/tela 46x38 |
quarta-feira, 31 de outubro de 2018
A anedota da Anne Bota
- Adeus querida. Tenho que ir trabalhar. Até logo.
- Vais como?
- De comboio, como sempre.
- Hoje há greve, querido.
- A sério?? Mas tenho que ir! Vou a pé.
- Sendo assim vou contigo. Agora há um novo caminho para os peregrinos.
- Pois, pois… Sempre foi o teu sonho: converteres-me.
- Vais como?
- De comboio, como sempre.
- Hoje há greve, querido.
- A sério?? Mas tenho que ir! Vou a pé.
- Sendo assim vou contigo. Agora há um novo caminho para os peregrinos.
- Pois, pois… Sempre foi o teu sonho: converteres-me.
terça-feira, 30 de outubro de 2018
O mundo num olhar-menino
Olhas de rostinho todo levantado quase arrepiadinho…
Queres o mundo para desvendar e em breve apequenar?
Anda crescer. Achas-me um gigante? O mundo está dilatado
nas pupilas do teu olhar-menino. Sobe, queres a cor livre do céu?
Dá-me essas mãos. Lambuzadas! Foi a língua húmida do Bobi?
Lindos amiguinhos do mesmo tamanho. Qual é a boca maior?
Mas já cresceste? Come o pão. Com a mão. Não és bem cão...
Ai meninos de sonho trepadeiro pelas pernalongas dos papás!
De mãos cheias de narizes torcidos grandes peludos e metediços.
Queres o mundo para desvendar e em breve apequenar?
Anda crescer. Achas-me um gigante? O mundo está dilatado
nas pupilas do teu olhar-menino. Sobe, queres a cor livre do céu?
Dá-me essas mãos. Lambuzadas! Foi a língua húmida do Bobi?
Lindos amiguinhos do mesmo tamanho. Qual é a boca maior?
Mas já cresceste? Come o pão. Com a mão. Não és bem cão...
Ai meninos de sonho trepadeiro pelas pernalongas dos papás!
De mãos cheias de narizes torcidos grandes peludos e metediços.
Rosa Maria Duarte
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
A poesia do recomeço
É preciso recomeçar o interrompido começo
e dançar como tempo a mitificação do destino.
Será o tempo infinito e ter mais um recomeço
mais um dia a aproximar do momento o presente:
propósito da Humanidade na roda da (des)fortuna.
É preciso recompensar o futuro (des)feito passado
com trabalho e com sonho de atalho para o risonho.
Rosa Maria Duarte
e dançar como tempo a mitificação do destino.
Será o tempo infinito e ter mais um recomeço
mais um dia a aproximar do momento o presente:
propósito da Humanidade na roda da (des)fortuna.
É preciso recompensar o futuro (des)feito passado
com trabalho e com sonho de atalho para o risonho.
Rosa Maria Duarte
domingo, 28 de outubro de 2018
A anedota da Anne Bota
sábado, 27 de outubro de 2018
Queres pensar comigo XXXIII
- Posso pedir-te um conselho, amigo?
- Se eu to souber dar…
- Eu gosto dos teus conselhos. Gostava de perguntar-te o que achas dos novos tempos que se aproximam.
- Estás a pedir a minha opinião. Referes-te a pessoas que não acreditam no diálogo para discutir opiniões e resolver problemas?
- Sim. Há algumas pessoas que têm algum perfil de liderança, mas vivem toldadas pelo medo (do poder natural) dos outros humanos e da diferença que enriquece cada indivíduo. Somos realmente todos diferentes, não achas?
- (Sorri) Todos diferentes, todos iguais. E não há dúvida que o caminho ao longo da vida é individual. Creio que é um problema de respeito. Porque cabemos cá todos. Todos fazemos falta. Julgamo-nos uns aos outros e nem a nós mesmos nos conhecemos como poderíamos conhecer. Ou seja, enquanto não conseguirmos evitar as causas nefastas dos problemas, os efeitos devastadores serão inevitáveis.
- Se julgarmos menos, menos erramos, não achas? Liberdade de expressão para sobretudo ouvir e observar.
- Pois é. Os escuteiros dizem, como lema: «sempre alerta!». Porque temos que estar despertos para fazermos sempre a nossa própria leitura do que se passa à nossa volta. Devemos procurar aprofundar o conhecimento da vida. Sermos mais atentos. Só assim podemos, eventualmente, alcançar a dita sabedoria. Atitudes e palavras de simpatia são importantes, mas acima de tudo a verdade. Tal como na teosofia: «Não há religião superior à verdade».
- Gosto da convicção das tuas palavras. Eu sei que governar um país com problemas de pobreza, corrupção, criminalidade, guerra e tantos outros não será nada fácil. Mas temos que ser intolerantes com a intolerância, mesmo e sobretudo com aqueles que deviam representar o coletivo.
- Isso mesmo. Firmes e unidos. Saber ouvir o outro, seja quem for.
- Se quem governa não ouve...
- Se eu to souber dar…
- Eu gosto dos teus conselhos. Gostava de perguntar-te o que achas dos novos tempos que se aproximam.
- Estás a pedir a minha opinião. Referes-te a pessoas que não acreditam no diálogo para discutir opiniões e resolver problemas?
- Sim. Há algumas pessoas que têm algum perfil de liderança, mas vivem toldadas pelo medo (do poder natural) dos outros humanos e da diferença que enriquece cada indivíduo. Somos realmente todos diferentes, não achas?
- (Sorri) Todos diferentes, todos iguais. E não há dúvida que o caminho ao longo da vida é individual. Creio que é um problema de respeito. Porque cabemos cá todos. Todos fazemos falta. Julgamo-nos uns aos outros e nem a nós mesmos nos conhecemos como poderíamos conhecer. Ou seja, enquanto não conseguirmos evitar as causas nefastas dos problemas, os efeitos devastadores serão inevitáveis.
- Se julgarmos menos, menos erramos, não achas? Liberdade de expressão para sobretudo ouvir e observar.
- Pois é. Os escuteiros dizem, como lema: «sempre alerta!». Porque temos que estar despertos para fazermos sempre a nossa própria leitura do que se passa à nossa volta. Devemos procurar aprofundar o conhecimento da vida. Sermos mais atentos. Só assim podemos, eventualmente, alcançar a dita sabedoria. Atitudes e palavras de simpatia são importantes, mas acima de tudo a verdade. Tal como na teosofia: «Não há religião superior à verdade».
- Gosto da convicção das tuas palavras. Eu sei que governar um país com problemas de pobreza, corrupção, criminalidade, guerra e tantos outros não será nada fácil. Mas temos que ser intolerantes com a intolerância, mesmo e sobretudo com aqueles que deviam representar o coletivo.
- Isso mesmo. Firmes e unidos. Saber ouvir o outro, seja quem for.
- Se quem governa não ouve...
sexta-feira, 26 de outubro de 2018
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