quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Pensas que és melhor que toda a gente só porque estás dentro da tua pessoa, que acho muito bem que gostes?

Andas sempre de cabeça nas nuvens!
Rosa Maria Duarte
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A anedota da Anne Bota

- Adeus querida. Tenho que ir trabalhar. Até logo.


- Vais como?


- De comboio, como sempre.


- Hoje há greve, querido.


- A sério?? Mas tenho que ir! Vou a pé.


- Sendo assim vou contigo. Agora há um novo caminho para os peregrinos.


- Pois, pois… Sempre foi o teu sonho: converteres-me.



terça-feira, 30 de outubro de 2018

O mundo num olhar-menino

Olhas de rostinho todo levantado quase arrepiadinho…


Queres o mundo para desvendar e em breve apequenar?


Anda crescer. Achas-me um gigante? O mundo está dilatado


nas pupilas do teu olhar-menino. Sobe, queres a cor livre do céu?


Dá-me essas mãos. Lambuzadas! Foi a língua húmida do Bobi?


Lindos amiguinhos do mesmo tamanho. Qual é a boca maior?


Mas já cresceste? Come o pão. Com a mão. Não és bem cão... 


Ai meninos de sonho trepadeiro pelas pernalongas dos papás!


De mãos cheias de narizes torcidos grandes peludos e metediços. 



Rosa Maria Duarte








Há mar e mar; mas há ir e voltar (livremente)? O que é o horizonte: é o mar que prologa o céu ou é o céu que prolonga o azul prateado do mar?





segunda-feira, 29 de outubro de 2018

A poesia do recomeço

É preciso recomeçar o interrompido começo
e dançar como tempo a mitificação do destino.


Será o tempo infinito e ter mais um recomeço
mais um dia a aproximar do momento o presente:
propósito da Humanidade na roda da (des)fortuna.


É preciso recompensar o futuro (des)feito passado
com trabalho e com sonho de atalho para o risonho.


Rosa Maria Duarte





Os nossos pensamentos são jovens galgos que não descansam...

De que cor são os teus pensamentos?




domingo, 28 de outubro de 2018

A anedota da Anne Bota


😐 - Goku, achas que podemos mesmo levitar? Onde estás que não te vejo?




- Eu acho que sim. Somos energia. 




- (Momentos depois) Ai, que susto. Vais ao Halloween?




- Não. Estou a preparar-me para um Kame Hame Ha.






Quem és tu, feiticeiro/a?
Rosa Maria Duarte
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Vai uma partidinha para aquecer?

A feijões, claro!
Rosa Maria Duarte
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sábado, 27 de outubro de 2018

Queres pensar comigo XXXIII

- Posso pedir-te um conselho, amigo?


- Se eu to souber dar…


- Eu gosto dos teus conselhos. Gostava de perguntar-te o que achas dos novos tempos que se aproximam.


- Estás a pedir a minha opinião. Referes-te a pessoas que não acreditam no diálogo para discutir opiniões e resolver problemas?


- Sim. Há algumas pessoas que têm algum perfil de liderança, mas vivem toldadas pelo medo (do poder natural) dos outros humanos e da diferença que enriquece cada indivíduo. Somos realmente todos diferentes, não achas?




- (Sorri) Todos diferentes, todos iguais. E não há dúvida que o caminho ao longo da vida é individual. Creio que é um problema de respeito. Porque cabemos cá todos. Todos fazemos falta. Julgamo-nos uns aos outros e nem a nós mesmos nos conhecemos como poderíamos conhecer. Ou seja, enquanto não conseguirmos evitar as causas nefastas dos problemas, os efeitos devastadores serão inevitáveis.


- Se julgarmos menos, menos erramos, não achas? Liberdade de expressão para sobretudo ouvir e observar.






- Pois é. Os escuteiros dizem, como lema: «sempre alerta!». Porque temos que estar despertos para fazermos sempre a nossa própria leitura do que se passa à nossa volta. Devemos procurar aprofundar o conhecimento da vida. Sermos mais atentos. Só assim podemos, eventualmente, alcançar a dita sabedoria. Atitudes e palavras de simpatia são importantes, mas acima de tudo a verdade. Tal como na teosofia: «Não há religião superior à verdade».




- Gosto da convicção das tuas palavras. Eu sei que governar um país com problemas de pobreza, corrupção, criminalidade, guerra e tantos outros não será nada fácil. Mas temos que ser intolerantes com a intolerância, mesmo e sobretudo com aqueles que deviam representar o coletivo.




- Isso mesmo. Firmes e unidos. Saber ouvir o outro, seja quem for.


- Se quem governa não ouve...








Lembrou-se com saudade José Cardoso Pires (na FCSH)...





















Quando fiz 20 anos, juntámos os amigos da altura na Casa do Alentejo em Lisboa. Ontem, o Manel e a Júlia convidaram-nos a reincidir.

Rota das migas, da sopa alentejana, dos espargos com ovos e outras iguarias.