Anda: vem comigo nascer de novo e olhar o belo.
Aqui: deixa-te levar assim pelo sublime materno.
Ouve: as serras neste alto d'azul quase a repousar
de chamas e ventos e sirenes de espumas no ar.
Respira: esta terra a cobrir-se folhas em tons caril
pó fino castanho ainda quente macio do ido Estio.
Prova: o doce genuíno das urzes rasteiras libertas
de mãos humanas e jarras de plástico nas janelas.
Repara: que nesta imensidão de linhas de luz-tempo
há espaços decididos e desenhados a cada momento.
Sente: é a vida natural de Mãe-Serrania em estrelas
tão simples e protetora c'um ventre cheio de raízes.
Rosa Maria Duarte
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