- Posso pedir-te um conselho, amigo?
- Se eu to souber dar…
- Eu gosto dos teus conselhos. Gostava de perguntar-te o que achas dos novos tempos que se aproximam.
- Estás a pedir a minha opinião. Referes-te a pessoas que não acreditam no diálogo para discutir opiniões e resolver problemas?
- Sim. Há algumas pessoas que têm algum perfil de liderança, mas vivem toldadas pelo medo (do poder natural) dos outros humanos e da diferença que enriquece cada indivíduo. Somos realmente todos diferentes, não achas?
- (Sorri) Todos diferentes, todos iguais. E não há dúvida que o caminho ao longo da vida é individual. Creio que é um problema de respeito. Porque cabemos cá todos. Todos fazemos falta. Julgamo-nos uns aos outros e nem a nós mesmos nos conhecemos como poderíamos conhecer. Ou seja, enquanto não conseguirmos evitar as causas nefastas dos problemas, os efeitos devastadores serão inevitáveis.
- Se julgarmos menos, menos erramos, não achas? Liberdade de expressão para sobretudo ouvir e observar.
- Pois é. Os escuteiros dizem, como lema: «sempre alerta!». Porque temos que estar despertos para fazermos sempre a nossa própria leitura do que se passa à nossa volta. Devemos procurar aprofundar o conhecimento da vida. Sermos mais atentos. Só assim podemos, eventualmente, alcançar a dita sabedoria. Atitudes e palavras de simpatia são importantes, mas acima de tudo a verdade. Tal como na teosofia: «Não há religião superior à verdade».
- Gosto da convicção das tuas palavras. Eu sei que governar um país com problemas de pobreza, corrupção, criminalidade, guerra e tantos outros não será nada fácil. Mas temos que ser intolerantes com a intolerância, mesmo e sobretudo com aqueles que deviam representar o coletivo.
- Isso mesmo. Firmes e unidos. Saber ouvir o outro, seja quem for.
- Se quem governa não ouve...
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