quarta-feira, 31 de março de 2021

Pensamento da tarde

 Se na vida há tempo inefável, é real o sono dos sonhos polinizados de longes, céus geopoéticos, ruas poliedras, livros voadores, nuvens comestíveis, casas desavindas, rios poentes, lábios de sonho, medos meninos, finais sem fermento, bolos sonolentos, amores perfeitos, luzes cata-vento, cabeças de poema, memória sem presentes.


Fizemos boa vizinhança e um passeio higiénico com o nosso amigo de tenra juventude. Força Toni!

 






sábado, 27 de março de 2021

Hoje um brinde ao Teatro que nos abraça todos os dias.

 



Fastread poetry

 Levantou-se a brisa no poema d' alguém houve beijos pra mim.

Foi um lembrete de pensamento livre abraços likes sinceros a ti.

Então sentámo-nos na areia deslumbrados com maresia a salita  

de recobro e meditámos em silêncio a cor e o sabor até ao fim.



quarta-feira, 24 de março de 2021

A anedota da Anne Bota

- Ó humana intempestiva, não sabes que não se pode voar em tempo de pandemia?! Como é que chegaste aqui acima?

- Sapatos-turbo, dona Cegonha. Sempre tenho criança?


Vamos ser um pequeno tronco de árvore a flutuar à beira mar, sem pensamentos ou emoções. Só a leveza fresca de sentir o momento...

 



                               Despir o tempo/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/30x40

terça-feira, 23 de março de 2021

Mais trabalhos de madeira e pintura do Manel. É de artista!

 



A anedota da Anne Bota

 - Queres mudar de cor, amiga flor?

- E posso?

- Hoje em dia tudo é possível. É fashion!

- Eu gosto da minha cor. Somos filhas da poluição?

- Acho que não...

- Vamos lá então... Não dói?

- Não. Tens é que puxar as tuas raízes até àquela lixeira ali à frente.

- 😟


segunda-feira, 22 de março de 2021

Fastread poetry

 Já viste como bate o teu coração dentro de um peito

cor de carne cor de sangue cheio de águas e sentidos

entradas e saídas comovido com quaisquer pedrinhas

enterradas na areia a brilhar e a desenhar os universos

livres à beira-mar a perfumarem-te linhas em cada pé

lavabos de espuma sal minerais de constelações e luzes

orações dedilhadas tu de cócoras procuras a fé e búzios

confidentes em sonhos sussurrados no fundo do teu ser.




A pandemia de pensadores

 - Mas, afinal, quando chegar a tua vez, tomas ou não a vacina, mano?

- Até lá ainda tenho muito tempo para pensar...

- Ainda não te decidiste?

- Já. Tomo a vacina. Temos que confiar na ciência. Na vida, há sempre riscos, chavalo...mas as vacinas são apesar de tudo...

- Qualquer uma, meu?

- Eu preferia a portuguesa...o que é nacional é bom! às vezes...

- Até chegar a tua altura, deve dar tempo...se não patinares entretanto...

- De quê?...das alterações climáticas? ou dos sismos? ou das distâncias sociais?