As folhas escritas com seiva têm a poesia da terra, da água, do sol e do vento que as ajudam a descer da árvore quando já estão prontas a fertilizar as jovens irmãs árvores. É a fraternidade na natureza.

 

Fastread poetry

 O céu da minha rua está lavadinho pelas chuvas

aprimorou-se friorento de azul marinho amigo sol

abrilhantou alameda fez um lugar mais quentinho.

O céu é (m)ar imenso beija o dia claro do mundo.

Será que a arte está para o Ocidente como a meditação está para o Oriente? Será o ato criativo um exercício de ioga ou uma expansão de consciência? Será que a arte consegue resgatar o ser humano da desistência e da alienação?

 

Esta árvore, na sua expressão natural, é fotogénica. A natureza não é arte, mas a forma como a olhamos, o que dela captamos, o que resulta da sensibilidade e da perspetiva desse olhar: o registo/representação que fazemos dela, pode ser arte...

 

«Será que a Arte pode salvar-nos?» (amanhã, às 15h, na STP, Lisboa)

 

Qual é o teu fado? Deixa-me ouvi-lo. Há fados cantados, chorados, silenciados, chilreados, desenhados, murmurados, dedilhados, emprestados, compartilhados...

 

                        Qual é o teu fado?/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/50x35

Venha, comadre, venha abrir todas essas portas e janelas e deixar sair o inquilino que há em si, os raios de um sol sereno grande pintor de casas planícies pessoas pensamentos poetas populares podas perfumadas planos divinos.

 

Fastread poetry

 O teu braço é um remo cansado mas vê feliz por navegar

cada vez que mergulhas tua seiva exausta no mar despertas

o caminho no movimento livre das águas nesta obra divina

ó meu irmão remo não pares de remar há luz no teu cantar.

Mergulha navega conhece.

 

Sol de inverno / Terra de gente

 - Ó comadre, olhe cá! Não teve frio estas noites? Se não fossem estes lindos cobertores verdes...

- Noites húmidas e férteis, boa vizinha. Mas olhe lá: aí está o sol de inverno que até aquece e não se esquece de si, amiga terra.

Fastread poetry

O meu pensamento vive no cimo de uma árvore

a sua casinha pequenina tem uma vista arejada

às vezes chilreia como um pássaro vivo colibri

outras esquece o balanço do vento e adormece. 

 

Vamos construir um coração maior onde caibam todas as vontades humanas, animais, vegetais, planetárias. Vamos aprender a ser tudo de todas as maneiras: sóis, luas, ruas, casas, gentes, quadrúpedes, ramos a dançar ao vento, professores, alunos, livros, poesia, comida, moinhos de maré.

 

O sol é um abraço quentinho de esperança e meditação. A natureza é o nosso rosto ao natural cheio de beleza e carente de beijos.

 

Celebrar o Ano Novo com jovens músicos talentosos.

 

Olha...vês ali tantas ondas cheias de gente e espuma?

 

...é da humidade :) É que a natureza é sábia e também quer participar da toponímia dos humanos...

 

                                     É incrível a força da natureza! Onde há humidade, há vida.

As cores no norte da Europa, a Holanda/Países Baixos.

 

                  As cores do país do Mondrian/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/55x38

Solta o cabelo ao vento/a esperança à linha do tempo/o pensamento à consciência do momento/o sonho à beleza do consentimento.

 

Uma visita de um dia chuvoso