quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Vamos à festa do queijo a 10 e 11 de março em Oliveira do Hospital?


És bom amigo/a de ti próprio/a? Auto-entrevista.

- Sabes o que é o melhor para ti? 

- Sabes quantos verdadeiros amigos tens?

- Procuras (também) a companhia dos teus pais (se os tens)?

RMD: Confesso que nem sempre é fácil saber o que é melhor para mim. Mas procuro perceber a fluidez da minha vida...sem fazer ilusionismos ou inventar falsas modéstias. É o 'jogo' da verdade.

RMD: O ser humano é surpreendente e inesperado. Tenho poucos amigos verdadeiros. Mas gosto de pensar que poderei ter muitos...

RMD: Sempre procurei a companhia dos meus pais (com todos os defeitos deles e meus). Hoje são os meus filhos que procuram a minha companhia, o que me deixa muito feliz.




És amigo de ti próprio?
Rosa Maria Duarte
Óleo s/tela
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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

A anedota da Anne Bota

(Numa tasca):

- Olá bom dia. Tem ovas?

- Ovos?

- Ovos pequeninos de peixe.

- Só tenho ovos cozidos.

- Cozidas?

- Cozidos.

- As ovas?

- Os ovos.

- De peixe?

- De galinha.

- Oh, que pena!

- É só o que temos.

- Então são dois copinhos de vinho branco.








A anedota da Anne Bota

- Mãezinha, desculpa! Eu não sabia!

- Ai, ai, já fizeste das tuas. O que foi agora?

- Lembras-te do feijão que eu pus em algodão húmido no meu quarto? Está enorme.

- Claro que cresce, filho. E qual é o mal?

- Acho que vou pagar uma multa; ouvi dizer na tv. É que ele não está a 50 metros da minha cama. E se vierem cá os geninhos, vão-te multar a ti, mamã.





segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A Beira-Baixa da minha família cá de casa (Covilhã, Fundão, Castelo-Branco, São Vicente da Beira...). Linda, animada, intemporal!


Olha-te ao espelho e diz-me o que vês.

Que tipo de pessoa achas que és? De ti para ti, claro. Ou de ti para o computador que neste preciso momento estou aqui eu.

E se fosses uma vedeta? Não interessa a que propósito (e claro que muito provavelmente irias ter alguns problemas, não penses que todas as pessoas à tua volta ficariam super-contentes e te tratariam com especial carinho, nada disso!), como gostarias que as pessoas falassem de ti?

Tem um bom dia.


domingo, 25 de fevereiro de 2018

A anedota da Anne Bota

- Ouve lá, porque é que fumas? Tu é que sabes, claro. É só curiosidade minha.

- Eu fumo pelas mesmas razões dos outros: para ter uma vida mais longa.

- Hã? É pá, tu não me digas isso!

- A sério. No princípio, o tabaco era receitado pelo médico. Vai ao museu do Oriente e está lá documentado. 

- E porque é que deixaram de receitar? Diz lá.

- Está bem... Mas sabias que oxigénio a mais também faz mal?

- E tu? Sabias que a fé não é o fado do rapé?
  



Porque não gostas de mim III

Todos (ou quase todos) dizem que gostam de mim, mas nós, gatinhos, sentimo-nos muitas vezes perdidos.


Há dias celebrou-se o dia do gato. Ficamos agradecidos. Sabemos que muitos humanos são sinceros e gostam de nós. Muitos mesmo.

Mas apesar de nossa aparente independência, nós também precisamos de ser protegidos dos perigos, dos muitos maus-tratos, da fome, da má convivência com outros gatos...

Pois...a má convivência também existe no nosso mundo. E há humanos que nos ajudam muito. Organizações gatófilas.

Nós não somos apenas animal de companhia ou bonita inspiração de esfinge egípcia ou minúsculo familiar de outros felinos.

Sabemos ser amigos verdadeiros dos humanos. Gostamos de vocês (desde que não nos ponham uma coleira ao pescoço). Tratem-nos bem e seremos o melhor que conseguirmos ser. Cada um à sua maneira. Precisamos dos vossos cuidados e afetos. E de alguma companhia (não nos deixem a morrer de solidão o dia todo).

Sei que outrora éramos frequentemente apedrejados e poucos censuravam esse ato. E tinham medos dos gatos pretos. Felizmente vocês já aprenderam alguma coisa sobre nós e a gostar mesmo. Não somos bruxos. Precisamos de tempo para confiar.

Não somos humanos nem queremos substituir a estima no coração humano uns dos outros. Mas somos bons companheiros e enriquecemos o vosso mundo com a nossa presença. Somos silenciosos. Limpos. Sabemos fazer rom-rom e olhinhos lindinhos. Gostamos de colo e de festinhas. Não nos façam ciumentos. É que sabemos comunicar e perceber. Temos instinto e, pelos vistos, não só...

Não queremos dar trabalho. Nem ocupar muito espaço no mundo. Nem receber uma triste caridade. 

Queremos, especialmente, oferecer graciosidade, alegria e fazer muita companhia.

Afinal, temos uma costela de aristogatos, não?!

Podemos ser grandes amigos? Miau, miau?




sábado, 24 de fevereiro de 2018

A anedota da Anne Bota

- Sobrinho, achas que tem havido mesmo alterações climáticas?

- O clima não está alterado? Oiço tudo a fungar.

- Estou a falar do aquecimento global e esses fenómenos ambientais mais atuais.

- Claro que sim, tia! A terra treme um pouco por todo o planeta, porquê? Está a ficar com os nervos em franja. Tanta gente a pisar-lhe a cabeça. 

- Olha e tu a dares-me cabo da minha!


- Mãe, pai, gostamos muito de vocês!

 - Artur, Daniel, nós também gostamos muito de vocês! 
                                           💙💚💛💜




sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Porque não gostas de mim II

Eu gostava que gostasses de mim.

Gostas de me pôr uma arma na mão? Porque me fazes sentir vontade de disparar e matar?

É que eu também estou zangado. Não estou zangado porque quero mandar nos outros. Não me interessa mandar num país. Não me interessa ter coisas que não me fazem falta. Não quero que os outros sejam como eu quero. 

Onde está o meu pai? Onde está a minha mãe? Onde está a minha família?

Só o que eu quero é sentir-me bem na escola e tudo o que me dás é licença para me zangar e matar o que está à minha volta. Matar a criança que há em mim com muito para conhecer.

Por isso eu digo que tu não gostas de mim e, acho, não gostas de ninguém. Se calhar, não gostas de ti em primeiro lugar.

Aprende a gostar. Todos temos muito para dar.

Podias aprender a gostar. Não comigo que ainda sou jovem criança (não sei se chegarei à tua idade) e mal percebo o que as pessoas pensam do bem e do mal. Só me cruzo com gente baralhada.

Mas uma coisa eu sei na pele: a guerra e a dor só têm verdadeiramente malefícios.

Não declares guerra ao nosso mundo.

Eu ainda te posso perdoar, jovem-criança com vontade de viver.

Aprende a gostar. Por favor.









quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Oh!, Há tanto de macio nesse olhar simples de infante tão sincero

Criança,

Leva-me até aquele horizonte onde o teu olhar chega
Simples e sincero em ternura livre de maravilhamento
Olhar que dança num céu cheio de asas de pássaros
Livres de memórias e de palavras com sentido único
Que chilreiam para arrepiar essa certeza de vida longa
Que ora está aqui onde te vejo e te sinto ora está além
Na linha ténue entre o mar e o azul matizado de nuvens
Contorcionistas, vestidas com aglomerados de lã e algodão
Tão leitosas como a tua pele fina e aveludada de sonho
macio e grandioso nessa infância que ainda é tão menina.

Criança,

Que gostas tanto de gostar e de oferecer palavras de amor
Leva-me no teu olhar até ao horizonte infinito que sabes
Imaginar, um mundo cheio de riso solto e canto e palavras
Gostosas e alegres de vida sã e de leves sentimentos bonitos
Partilhados e cultivados nesses gestos e olhares com coração.

Oh!,
Há tanto de macio nesse olhar simples de infante tão sincero.

Rosa Maria Duarte





Porque não gostas de mim?


 Eu sei que gostas!

Queres que eu conquiste a vida, sem facilidades?

Ok, na boa! Eu gosto de desafios. Se calhar é um bom mote para grandes feitos.

A vida tem mais paladar quando é conquistada.

Amigo, se te virarem as costas, não penses que o problema é teu. Pelo contrário, rentabiliza-te! 

Não podem ser sempre os outros os intelegentinhos, certo? 😉

E já agora, toma lá uns colchetes de oiro:










Porque não gostas de mim?
Rosa Maria Duarte
Óleo s/tela
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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

A anedota da Anne Bota

- Acho que tenho que tomar vitaminas.

- Então porquê? Sentes-te fraco? Bebes mais do que aquilo que comes.

- Mas olha que o médico disse-me para tomar vitamina B.

- E tu estás ainda agarrado ao copo de vinho porquê?

- É que o médico é do Norte.

- E o que é que isso tem a ver?

- A vitamina B é de binho, percebes mulher?!



Queres pensar comigo VII

- Achas que podemos ser felizes?


- Essa pergunta é bonita, mas não tem uma resposta fácil, a rigor. Eu nem vou pelo conceito de felicidade. Assumimos que sabemos inequivocamente o seu significado. A questão é que somos seres pensantes. Temos consciência. E sabemos sentir. Compaixão, por exemplo. E isso já compromete o nosso bem-estar.

- Mas podemos sentir qualquer coisa que se pareça com felicidade quando ajudamos alguém?

- Pois...é possível experimentar um sentimento de felicidade por termos capacidade e oportunidade de ajudar os outros. Mas serão apenas momentos de felicidade que, julgo, coincidirão com estados de alívio e satisfação do outro.

- Há quem diga que é mais fácil ajudar desconhecidos do que amigos e familiares. É verdade?

- Essa é uma pergunta que deve ter mais do que uma resposta. A minha experiência diz-me que precisamos de nos sentir aptos a ajudar seja quem for. Claro que se for uma pessoa a quem nós nos sentimos emocionalmente ligados, maior é o impulso para ajudar. Porque é que é mais difícil ajudar os mais próximos, que às vezes é verdade. Pois, porque o dever e a responsabilidade são maiores e, por isso, os outros talvez, e digo talvez sublinhado, vejam mais facilmente o que não fizemos (ainda...) do que aquilo que já fizemos. O que é que te parece?

- Parece-me que tens alguma razão. Comigo acontece muito isso. O que eu faço nunca chega. O que eu faço nunca está como poderia estar. Que peço muito e dou pouco. Que ajudo mais os outros do que os meus. Que penso mais em mim do que nos outros. Que sou muito distraído. Ando sempre a pensar na morte da bezerra e podia fazer mais e melhor. Juro-te que gostava que todos fossem felizes, inclusive eu, claro.

- Nós somos, tendencialmente, melhores a falar do que a fazer. Somos imperfeitos, temos consciência dessa imperfeição, apontamos os defeitos uns aos outros, se for preciso castigamos, mas andamos sempre a falhar. E cada um tem o seu timing a reconhecer os próprios erros. E a ver os vários pontos de vista das razões dos erros que cometemos. Então culpamos a justiça das limitações humanas.

- É isso! Ninguém está acima da lei, mas as leis às vezes são trôpegas para tantos erros humanos.

- Pois é. Mas a felicidade conquista-se com pequenos avanços no sentido do Bem cujo ingrediente principal é o bem comum. Cada passinho humano é, talvez, um momento de felicidade ou, se quiseres, de satisfação.

- Então, é possível termos momentos de felicidade. Quanto mais conscientes mais felizes?

- Fernando Pessoa achava o contrário. Mas se calhar, no fundo, acreditava que um dia esse estado poderia inverter-se, naturalmente. Porquê? Porque o homem decide que quer ser, conscientemente, bom.

- Nasce bom e fica ainda melhor.

- Este teu pensamento encheu-me de felicidade. Obrigado amigo.




terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

A anedota da Anne Bota

- Vais às compras?

- Vou. Porquê?

- Não te importas de me comprar papel vegetal?

- Em folha?

- Já em papel.

- Hã?...Bem... Folha ou folhas?

- Do tronco, das folhas, tanto faz... Papel feito das árvores, pá.



Faço que estudo o estudo de caso

Vou a pensar em ciências da educação, por exemplo.

No meu caso, talvez.

Pergunto-me: Eu sou a professora ou sou a aluna?

Ora aí está... Ora aí está o quê? Questionam vocês.

É que a vida não se compadece com os cânones e com os modelos clássicos a definhar.

Um professor de profissão é-o toda a vida. Não há dúvida. Quem o diz tem razão.

Logo, eu procuro naturalmente o conhecimento. (De)formação profissional. E gosto de o partilhar. (De)formação profissional.

Mas se procuro conhecer a minha existência também, faço-o para além disso: procuro-a nas relações não-clássicas de aprendizagem.

Eu sei que sempre tive uma vida preponderantemente académica. E esse percurso tem-me feito muito de quem sou.

Mas eu nasci num ambiente de relações simples e fortes. Não necessariamente de (grande) instrução. No qual tenho sido e continuo a ser aluna da vida real.

Claro que não sou quem outros (alguns) querem que eu seja. Sou uma pessoa cheia de defeitos, é certo, mas, desculpem-me, também cheia de virtudes.

Atualmente, por circunstâncias várias, continuo (sem problemas) aluna dos ambientes humanos ricos em espontaneidade e de quotidiano simples. Pode criticar quem achar que deve.

Os meios académicos continuam a ser-me necessários e tenho por eles suficiente apreço intrínseco.

Mas sou a professora ou sou a aluna?

Às vezes, sinto que sou mais a aluna do que a professora.

Para isso tenho contado com alguma da humildade e curiosidade que me resta.

Tenho aprendido muito com os 'meus alunos' e também com aqueles de 'experiência feita'.

Qual é o teu caso, humano?

Eu acho que vale a pena pensar no nosso caso. 

Não somos caso perdido.





sábado, 17 de fevereiro de 2018

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Vamos calar a mudança de paradigma?

 Se vivemos numa aldeia global, ninguém pode ficar indiferente à dor de pais que veem os filhos abatidos por um jovem de 19 anos, também ele vítima de um mundo que permite que o ódio e a revolta ocupem o lugar do amor nos corações humanos, sobretudo nos dos mais jovens e desapoiados. 

Acreditam mesmo que, na sua origem, são (apenas) problemas de saúde mental?

Porquê calar a mudança?
Rosa Maria Duarte
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Mais um evento do Projeto «Fado nas Escolas»