Vou a pensar em ciências da educação, por exemplo.
No meu caso, talvez.
Pergunto-me: Eu sou a professora ou sou a aluna?
Ora aí está... Ora aí está o quê? Questionam vocês.
É que a vida não se compadece com os cânones e com os modelos clássicos a definhar.
Um professor de profissão é-o toda a vida. Não há dúvida. Quem o diz tem razão.
Logo, eu procuro naturalmente o conhecimento. (De)formação profissional. E gosto de o partilhar. (De)formação profissional.
Mas se procuro conhecer a minha existência também, faço-o para além disso: procuro-a nas relações não-clássicas de aprendizagem.
Eu sei que sempre tive uma vida preponderantemente académica. E esse percurso tem-me feito muito de quem sou.
Mas eu nasci num ambiente de relações simples e fortes. Não necessariamente de (grande) instrução. No qual tenho sido e continuo a ser aluna da vida real.
Claro que não sou quem outros (alguns) querem que eu seja. Sou uma pessoa cheia de defeitos, é certo, mas, desculpem-me, também cheia de virtudes.
Atualmente, por circunstâncias várias, continuo (sem problemas) aluna dos ambientes humanos ricos em espontaneidade e de quotidiano simples. Pode criticar quem achar que deve.
Os meios académicos continuam a ser-me necessários e tenho por eles suficiente apreço intrínseco.
Mas sou a professora ou sou a aluna?
Às vezes, sinto que sou mais a aluna do que a professora.
Para isso tenho contado com alguma da humildade e curiosidade que me resta.
Tenho aprendido muito com os 'meus alunos' e também com aqueles de 'experiência feita'.
Qual é o teu caso, humano?
Eu acho que vale a pena pensar no nosso caso.
Não somos caso perdido.
Sem comentários:
Enviar um comentário