Eu sei que a indignação é geral no mundo da fauna e da flora.
Nós, musas do Tejo, temos tido muito orgulho na nossa morada. O nosso querido Luís de Camões, que nos lançou mundialmente para o mundo da lusofonia, se fosse vivo, lutava fosse com quem fosse para nos salvar!
Quantas vezes o nosso Zeus nos tem dito para irmos viver com os outros para o Olimpo?
É que esta coisa da poluição do Tejo não é nova, infelizmente.
Mas isto está a passar a mais. Eu sei que os humanos não são deuses. Mas são ou não são inteligentes?
Nós também temos, às vezes, essa dúvida. Porque a poluição não faz mal só aos peixes, a nós, e toda a fauna e flora, com que nos alimentamos. Os próprios seres humanos também sobrevivem do mar.
Depois queixam-se que gastam muito em tratamentos de cancros e afins. Estão à espera de quê?
Há pouco ouvíamos falar um endocrinologista sobre as alterações hormonais nas crianças e jovens provocadas pela poluição.
Qual foi a parte que não perceberam?
A poluição não ficou só em Abrantes...
E nós continuamos a inspirar os poetas humanos.
Quantos momentos superiores já viveram com a experiência inspiradora de tantos pensadores e poetas?
É que nós também estamos a asfixiar nestas águas. Estamos a adoecer.
Não saímos! Não saímos! Não saímos!
É a nossa morada, caramba!
Agradecemos àqueles ambientalistas que nos têm ajudado.
Aos jornalistas que nos têm representado.
Às autoridades que nos querem salvar e preservar.
Podemos continuar juntos, almejando saúde, beleza e felicidade?
Sempre vossas,
Tágides
Sem comentários:
Enviar um comentário