A minha casa tem algumas portas
que ora se abrem ora se fecham
ora devagar ora com uma ventania
e o meu filho já arranjou algumas
que ainda são as escolhidas antes.
A minha casa não é grande
nem mesmo precisa de ser
é uma casa modesta como eu
num alto segundo andar junto
ao sapal, ao relvado e empedrado
a contar do céu em terceiro lugar.
Mas a minha casa é mais um eu
a minha mente e o meu corpo
o meu coração, o meu olhar
o meu tocar e o meu sentir.
A minha casa sou eu mesma
e até ela não é mesmo minha.
Rosa Maria Duarte
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