quinta-feira, 27 de abril de 2023

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Fastread poetry

 Anda, vamos plantar flores à beira dos caminhos 

cheios de sombra luz dúvidas certezas incertezas

estradas desenhadas pelos nossos pensamentos vê

os passos ao longe são os nossos pés descalçados

atrasados pelo cuidado com os insetos peregrinos

que se atravessam no sentido da vida una fraterna.



quarta-feira, 12 de abril de 2023

Hoje vim visitar-te...

 Hoje vim visitar-te, joaninha dos canteiros.

És tão pequenina que mal me vês. E eu sou tão pitosga que mal te vejo...

Não te interessa. Somos cordiais e vizinhas.

És bem-vinda.

Vieste com a Primavera?

O vento de abril é o melhor caminho. Foi importante o que aconteceu a este país. Trouxe e traz sementes de todo o lado para todo o lado. É sempre um festim de cores e aromas.

Não há democracia como esta. A Primavera de todos. Até algumas pedras se veem desenhadas com ervinhas.

Não penses que sou mais inteligente porque falo. As palavras têm sido esvaziadas pelo uso desastrado dos fala-baratos.

Se quiseres, ficamos em silêncio e a contemplar o teu canteiro. Modesto como tu.





terça-feira, 11 de abril de 2023

2ª versão da letra «Ó mar, és casa de fado»

 

Ó mar, és casa de fado

 

O beijo breve de mar

Tem lábios frios a cantar

são marujos a trautear

O poema da saudade

 Amor é fogo que arde.

 

Ó mar, és casa de fado

Perfume maresia alado

Sonho de viela desfado

Abraço amante mimado

Ó mar, és casa de fado.

 

Navegadores do amparo

Comoção desventurado

És vibrato encapelado

Sombras rubras do aplauso

Teu  xaile ondas amparo.

 

Ó beijo bravo de mar

És magia do luar

Guitarra louca de dor

Grita a chama do amor

Ó mar, vibrato maior.

 

Melodia fado bailado (Alfredo Marceneiro)/ letra (Rosa Maria Duarte)

segunda-feira, 10 de abril de 2023

Fastread poetry

 Teus longos braços tocam céu sol noite dia fogo

 Balanças na brisa com as labaredas que fervem

 Chamuscam verde a seiva os ninhos bichinhos

 Presos num mundo-tronco que não mexe estala

 pedaços pele ardor lágrimas quem morre de pé.

 

                       O Homem pode salvar-nos/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/55x46