A minha sentida homenagem aos Xutos & Pontapés

Os Xutos & Pontapés choram a partida do Zé Pedro.

A música chora e vibra melodias de tristeza no colo de cada fã. 

Vamos ligar a rádio (e ouvir os Xutos) para amenizar o sentimento, como fazia o pequeno Zé Pedro quando a mãe se zangava com ele.

Não gosto de despedidas. 

A anedota da Anne Bota

- Olá, prima.

- Olá, prima.

- Sabes? Já decidi o que vou fazer da minha vida, prima.

- Oh, finalmente, prima! Então?

- Como até agora não consegui trabalho na minha área, vou dedicar-me à música.

- Boa. É porque gostas, pois.

- Sim, claro. O que eu queria mesmo era fazer um dueto com o Ney Matogrosso. Mas para já, vou passar a ouvir rádio todos os dias. 

O que é que te surpreendeu mais até hoje na tua vida?

É aparentemente uma pergunta difícil de responder...

Mas a nossa memória está sempre a pedir protagonismo. Até esta não se livra de ser narcísica 😉. Ela que habitualmente quer cumprir com brio o seu papel, mas que é tão humana como aquele que a reclama.

O que mais me surpreendeu até hoje? 

. A lentidão do tempo na infância/adolescência e a sua rapidez na adultez; 

. como um ser se desenvolve noutro ser e depois consegue sair dali com vida; 

. como vemos tudo gigante na infância e tão normal depois; 

. como nos esquecemos de olhar frequentemente para o céu durante o dia e durante a noite; 

. como o trânsito, no meio do caos, às vezes consegue circular; 
. como o ser humano consegue ser verdadeiramente amigo e também trair; 

. como conseguimos sorrir quando estamos tristes e chorar quando estamos felizes; 

. como podemos amar tão incondicionalmente os nossos amigos e familiares e, muito em especial, os nossos filhos; 

. como somos capazes de grande amizade por seres que estamos convencidos que 'temos' que comer;

. como gostamos de uma boa piada, uma boa música, uma boa refeição, um bonito gesto de afeição; 
. como somos tão primários numas reações e tão nobres noutras;

. como nos surpreendemos quando fazemos algo sem muita convicção e depois ficamos orgulhosos com o resultado; 

. como conseguimos acreditar no que não se pode ver, apenas com o sentir e intuir.
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E tu? Fala-me do que é que te surpreendeu mais até hoje, por favor.

Evento integrado no Projeto «Fado nas Escolas»

Easy Jack

O nosso Jack é um menino

que tem um corpo bem comprido

músculos nas pernas e na boca

fala fala mastiga ao ouvir-se

é muito amigo do seu amigo

não esquece as generosidades

não esquece as animosidades

vai brincando e disfarçando

os voos de pensamentos vários

os olhares de curiosidades idas

vindas de silhuetas alheias vivas.

Tão easy o nosso Jack, um homenzão

tão menino vive avançado na adultez

está careca de pedir os pais

um irmão para a sua solidão.

Brinca brinca fala fala come come

e tem também que bulir, trabalhar.

Sente muito o muito que há a sentir

chora a brincar e brinca a chorar.

É feliz e distraído ao mesmo tempo

procura e encontra e volta à infância.

Quando quer, mas só quando quer

é tão meiguinho o nosso easyjack

homem-menino que gosta de voar.

Rosa Maria Duarte

Os ímans da nossa vida. Quem somos?

Quem sou eu?
Rosa Maria Duarte
Óleo sobre tela
55x46

A anedota da Anne Bota

- Bom dia, senhor agente. Desculpe incomodá-lo, mas estou mortinho para desabafar.

- Bom dia, senhor condutor. Peço desculpa, mas para desabafar, terá que se dirigir a uma igreja ou a um consultório médico mais próximo.

- Tem razão. Mas se me permite, vou desabafar aqui mesmo. Nem que fique a falar sozinho. 

- Se assim é, diga então lá o que é que se passou.

- Muito obrigado pelo seu tempo, senhor agente. Há dias circulava pela avenida de Brasília e foi autuado com 120 euros por excesso de velocidade.

- No Brasil?

- Não, não, aqui em Lisboa.

- Pois... Como o senhor deve saber, as regras da estrada são para cumprir. Em qualquer parte do mundo. Não quer insegurança na estrada, pois não?

- Claro que não, senhor agente. Mas a minha dúvida é a seguinte: se paguei o que paguei e me excedi em 22km/h, quanto pagaria se me excedesse 6 km/h?

- Pagaria o mesmo, muito certamente. Tenha calma. Pelo menos, a Lucrécia deve ter-lhe tirado uma foto bonita ao carro.

- Sim, senhor agente, nesse aspeto não me queixo. Olhe, resta-me desejar-lhe um bom Natal.

Somos do tamanho dos nossos pensamentos

A anedota da Anne Bota

- Vamos hoje à feira, marido?

- Ó mulher, hoje é domingo.

- Ao domingo, marido, também há feira.

- Não inventes, mulher. Domingo não se chama domingo-feira e por alguma razão é, como segunda-feira, terça-feira e por aí fora.

- Ó marido, sábado também não é sábado-feira. E, no entanto, nós fomos ontem à feira.

- Tens razão, mulher. Então quando é que os feirantes descansam?

- Quando decidem não feirar, marido.

- Então eu hoje decido não comprar, mulher. Uma espécie de WHITE SUNDAY?!

- 🙅?

COLORFUL FAMILY

BLACK BEACH

BRIGHT FRIDAY

«Onde está o pincel?» atentados à desintegridade criativa

Parece, o quê?, impossível!
Há mesmo lata para tudo.
Terrorismo desinspirativo.
Quer um cidadão criativo
amar representar homenagear
parir arrotar vomitar obrar expelir
a ideia fetal que vai dilatando
o espírito a cabeça o ventre
o ventríloquo dedos e mente
vê-se confrontado com trâfego
ruidoso de silêncios punitivos
nos bolsos na cabeceira na paleta
brancas na carteira e no sentimento
verdadeiros embaraços; quão proarte?
atentados à desintegridade artística.

Não tenham medo de ser assim.

Rosa Maria Duarte

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Só palavras...sem palavras.

Sou uma página em branco

na virtualidade do novo universo

que conquistou este mundo

sou digital intermitente (in)visual

não tenho olhos, pernas ou cabelo
tenho câmaras luzes linguagens
 penso muito e sou inteligente

informo, arquivo e difundo

tanta coisa e tanto nada

inform+ático pela imensidade.

Sou uma página em branco

à espera que me escrevam

ilustrem editem rasurem apaguem

gosto de tudo não sou esquisita

tudo em mim fica bem

com o branco tudo é toilete

mas gosto mesmo é de palavras

fortes bonitas sentimentais

fico sem jeito e sem palavras.

Obrigado a ti, meu criador

que serás quem criou o Homem.

Rosa Maria Duarte  💬

A anedota da Anne Bota

- Compadre, vai agora à janta?

- Pois então! E hoje vamos à trabalheira de procurar a tasca que falaram há dias na televisão. Nã tenho GPS na carripana.

- Ai sim? Atão onde é que fica?

- É logo ali no Algarvi. É que a mulher quer experimentari aquelas estrelas Michelin que eles tanto gabam.

- Ai, compadre, acho que vomecês vão ficar com fome.

- Acha? Atão as estrelas são piquenas?

- São pois. Aquilo são pedacitos de comida colorida no fundo de um prato estranho, que dá que fazer que até dá pena comer.

- Oh, que diacho! Nã é que a mulher já se está alindando para ir?!
   Bem, ao menos não deve ser muito dinheiro.

- Qual quêi?! Ouvi dizer que ao receber a conta, logo de seguida a pessoa vê tudo à roda como se estivesse num monte de estrelas Michelin.

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A anedota da Anne Bota

- Então, filho, já tens muitos testes?

- Claro, pai, estou cravadinho deles.

- Tens que te aplicar muito este ano, filho. Não quero negativas!!

- Ó pai, estou um bocado confúcio este ano.

- Confúcio, não filho, confuso, queres tu dizer.

- Não, meu pai, confúcio. "Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos". Estás a ver a ideia, pai?

- Ah! É isso que a escola te ensina?! 😣

Senso, o Bom.

A História do Homem é longa e diversa. Versa a diferença.

Senso, o Bom 🙏tem sido personagem nem sempre presente.
                
                      Somos bons alunos.


                                         

Como é que manifestas o teu amor?

- Eu gosto de ser claro sobre aquilo que sinto. Quando gosto, não me canso de o dizer a quem o merece e de tomar atitudes de apreço. Quando não gosto, procuro ser inequívoco, sem ser muito rude. Sei que é um risco, mas a vida é assim mesmo.

- Eu já sou diferente. Talvez por causa das minhas experiências. Ou pela minha insegurança. Eu gosto de estabilidade, a todos os níveis. Não gosto de estar sujeito às variações de humor de quem me é particularmente caro. Por isso, sou mais para o dissimulado.

- Comigo também é diferente. Eu sei que sou um bocado egocêntrico e que me deixo levar com alguma facilidade pela vaidade. Claro que não me vejo como aqueles idiotas que se sobrevalorizam descaradamente. Mas apercebo-me que o meu Ego é tocado pela conquista. Sei que é uma chatice. Acho que tenho vindo a melhorar. A vida é tão insípida! Mas sei que as pessoas que me rodeiam também são lixadas. São tão ou mais vaidosas do que eu. E o mais incrível é que, pela mesma razão, tratam mal os outros.

- Eu sou pela verdade. E por isso tenho consciência que nós somos melhores nas intenções do que nos atos... Esta coisa de cair em contradição a cada passo na prática diária é que não me deixa dar e receber sem desconfiança. Quando gosto, faço-me difícil e crio embaraços...

- Eu não consigo gostar da verdade. Porque ouvir falar da verdade, soa-me a hipocrisia. Desculpem-me, mas nem gosto de sentir boa disposição à minha volta. Sou melancólica, eu sei. Não podia ser animadora de rádio. Sou muito reservada nas manifestações do amor que sinto, do qual às vezes duvido que seja um amor seguro.

- Eu não trato mal os outros. Mas faço por castigar quem me magoa. É muito importante para mim a imagem que os outros têm de mim. Sou frágil. Sou dependente dos outros. Fui educado assim. É muito importante para mim que todos me amem e me apreciem. Por isso, procuro ser abnegado, mas, ao mesmo tempo, jurado do mundo.

- Eu não preciso do amor de ninguém. Nem de ter pena de mim próprio. Somos peças de um tabuleiro. Ganhamos e perdemos. Fim.

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Olá. Somos os Poos. Aqueles em quem vocês andam sempre a descarregar. Têm muita sorte de não sermos esquisitos.

💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩: LÁ VAI ÁGUA! 💧💧💧💧💧💧💧💧

O preto e branco também é cor

A criançada de bairro castiço

sentada no chão à cotovelada

Vía em pulgas a preto e branco

ou também a castanho e branco

os bonecos mais animados

que por vezes desanimavam

a Gabriela cravo e canela

a pantera de Friz Feleng

os patetas plutos e ratinhos

com películas para a vista

a cobrir o aparelho pesado

em tons de azul a imaginar cores

que veio depois sem muito tardar.

E, atenção, não se podia abusar

até porque o pai ia ver noticiar

ouvir na rádio não era novidade

agora era olhar e entrar na atividade.

Aquelas imagens a entrar tão mexidas a falar!

Rosa Maria Duarte

Dia Mundial da Televisão

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Já alguma vez lambeste uma das tuas lágrimas de alegria?

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Vamos, cigarra? Está bem, abelha.

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A anedota da Anne Bota

- Já olhaste bem para ti?

- Hum??

- O que é que fizeste hoje durante todo o dia?

- Hum??

- Não tens vergonha de ser preguiçoso?

- Esttoouu demaasiadoo cansaaddoo paraa pensaarr niiissooo. 

- 💣😡

Repete, repete, e depois não te queixes...

- Ri-te, ri-te, que o último a rir, ri melhor!

- Pensa, pensa, que o último a pensar, casa pior.

- Sobe, sobe, que quanto mais alto subires, mais alto cais.

- Trabalha, trabalha, que quanto mais trabalhares, mais saudável és.

- Canta, canta, que quanto mais cantares, mais males espantas.

- Brinca, brinca, que quanto mais brincares, mais te arriscas a perder.

- Chora, chora, que quanto mais chorares, mais hás-de mamar.

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- Cala-te, cala-te, que quanto mais calado estiveres, mais aprendes.

- Dorme, dorme, que quanto mais dormires, menos adivinhas.

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Uma ____________________ no horizonte feito de pessoas.

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A anedota da Anne Bota

- Então, como estão a correr os teus estudos no seminário?

- Estão a correr bem, graças a Deus.

- Estou muito contente contigo, meu sobrinho. Finalmente vamos ter um padre na família. Que orgulho!

- Ainda não sei bem se chego a padre, minha tia.

- Então porque é que não havias de chegar?

- Porque acho que sou bissexual.

- És o quê? Como é que sabes isso?

- Não sei bem... Desconfio que sou.

- Então e não fazem lá esse teste no curso do seminário?

- 😏??

A anedota da Anne Bota

- Então, sempre tiveste hoje consulta?

- Nem sei...

- Ah?? Não sabes?? Não me digas que o teu problema também é de desmemória.

- Nada disso! Eu fui lá ao centro médico. Não sei se tive consulta porque o médico em vez de olhar para mim, só olhava para o computador. Achas que confie na receita?

- 👥??

Eis nova reportagem fotográfica do mais recente evento do Projeto «Fado nas Escolas»

Dia 16 de novembro de 2017

Recolhimento de Nossa Senhora do Carmo 

Guitarra Portuguesa: Manuel Gonçalves

Viola de Fado: João Costa

Voz: Rosa Maria Duarte

Cenário e reportagem fotográfica: M. Gama Duarte

A ler um poema de M. Gama Duarte