quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Oh!, Há tanto de macio nesse olhar simples de infante tão sincero

Criança,

Leva-me até aquele horizonte onde o teu olhar chega
Simples e sincero em ternura livre de maravilhamento
Olhar que dança num céu cheio de asas de pássaros
Livres de memórias e de palavras com sentido único
Que chilreiam para arrepiar essa certeza de vida longa
Que ora está aqui onde te vejo e te sinto ora está além
Na linha ténue entre o mar e o azul matizado de nuvens
Contorcionistas, vestidas com aglomerados de lã e algodão
Tão leitosas como a tua pele fina e aveludada de sonho
macio e grandioso nessa infância que ainda é tão menina.

Criança,

Que gostas tanto de gostar e de oferecer palavras de amor
Leva-me no teu olhar até ao horizonte infinito que sabes
Imaginar, um mundo cheio de riso solto e canto e palavras
Gostosas e alegres de vida sã e de leves sentimentos bonitos
Partilhados e cultivados nesses gestos e olhares com coração.

Oh!,
Há tanto de macio nesse olhar simples de infante tão sincero.

Rosa Maria Duarte





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