domingo, 25 de fevereiro de 2018

Porque não gostas de mim III

Todos (ou quase todos) dizem que gostam de mim, mas nós, gatinhos, sentimo-nos muitas vezes perdidos.


Há dias celebrou-se o dia do gato. Ficamos agradecidos. Sabemos que muitos humanos são sinceros e gostam de nós. Muitos mesmo.

Mas apesar de nossa aparente independência, nós também precisamos de ser protegidos dos perigos, dos muitos maus-tratos, da fome, da má convivência com outros gatos...

Pois...a má convivência também existe no nosso mundo. E há humanos que nos ajudam muito. Organizações gatófilas.

Nós não somos apenas animal de companhia ou bonita inspiração de esfinge egípcia ou minúsculo familiar de outros felinos.

Sabemos ser amigos verdadeiros dos humanos. Gostamos de vocês (desde que não nos ponham uma coleira ao pescoço). Tratem-nos bem e seremos o melhor que conseguirmos ser. Cada um à sua maneira. Precisamos dos vossos cuidados e afetos. E de alguma companhia (não nos deixem a morrer de solidão o dia todo).

Sei que outrora éramos frequentemente apedrejados e poucos censuravam esse ato. E tinham medos dos gatos pretos. Felizmente vocês já aprenderam alguma coisa sobre nós e a gostar mesmo. Não somos bruxos. Precisamos de tempo para confiar.

Não somos humanos nem queremos substituir a estima no coração humano uns dos outros. Mas somos bons companheiros e enriquecemos o vosso mundo com a nossa presença. Somos silenciosos. Limpos. Sabemos fazer rom-rom e olhinhos lindinhos. Gostamos de colo e de festinhas. Não nos façam ciumentos. É que sabemos comunicar e perceber. Temos instinto e, pelos vistos, não só...

Não queremos dar trabalho. Nem ocupar muito espaço no mundo. Nem receber uma triste caridade. 

Queremos, especialmente, oferecer graciosidade, alegria e fazer muita companhia.

Afinal, temos uma costela de aristogatos, não?!

Podemos ser grandes amigos? Miau, miau?




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