quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Os humanos viageiros

 


Os humanos viageiros vão de lugar em lugar na esperança de encontrar uma estalagem no coração do planeta.

Viajam o mais que podem à espera de encontrar em cada beleza a maior do universo. 

À luz do dia, ao crepúsculo, no manto da noite, constroem castelos na areia bem perto da espuma fresca do mar e do céu.

Procuram nas mais belas paisagens os recantos exóticos e românticos em cada viagem em profunda liberdade. 

Atualmente, talvez mais por terra e por mar do que por ar, e confirmam a astronomia, a astrologia, a alquimia, a física, a matemática, o digital.

Chegam mais uma vez ao lugar de nascimento, mas partem de novo.

Insaciados. Quantas voltas ao ventre da descoberta fugidia? 

Sentindo-se envelhecidos, chegam de novo. E descansam. E sonham viajar.

Olham então a janela do quarto solitário. Será que descobrem no espelho do triste roupeiro a beleza da poesia no olhar escondido do seu rosto humano?

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