- Bom dia. Já não nos víamos há algum tempo, amigo!
- É verdade! Esta pandemia... Ainda bem que nos encontrámos aqui nesta esplanada. Apesar do frio, esta claridade está agradável. O que tens feito?
- Tenho pensado.
- Eu também. Em que é que tens pensado?
- Em várias coisas. Na música, por exemplo. Como ela é tão importante para o ser humano comunicar! Desde sempre. Nesta pandemia, nos encontros, nos rituais...em todas as culturas. Antes de sabermos falar uns com os outros, já o humano primitivo comunicava por cadência de sons e usava a natureza para o fazer.
- Sim. Agora que falas nisso, pus-me a imaginar uma árvore com o tronco em forma de guitarra portuguesa, cheia de ramos e folhas, meia despida devido ao outono, com raízes fortes na nossa terra.
- Que imagem bonita! A verdade é que a maior parte dos instrumentos musicais são criados a partir dos recursos da natureza. Há uma dádiva natural na música. Até os sons são inspirados da natureza. Natureza de que nós, humanos, fazemos parte, claro.
- Então a música é uma forma inclusiva de comunicar com e para todo o universo.
- Sem dúvida! Por isso nós nos sentimos tão bem a comunicar através da música. E a poesia é também, por excelência, a melodia das ideias e dos sons.
- E há estilos musicais tão diversos, uns mais próximos da recriação da natureza, outros mais experimentais...
- Queres amanhã vir a um espetáculo connosco? Vamos ver...
A árvore-guitarra/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/55x46
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