sábado, 19 de julho de 2025

Fastread poetry

 Viajamos.

As casas brancas

viradas ao sol

fazem silêncio

para se fazer

ouvir o mar

ao fundo

a marulhar na baía

sul do nosso olhar. 

Há gente do outro lado

nas encostas rochosas

são os gigantes

apaixonados

aprisionados 

a ver nadar leves

elegantes pequenas sereias

as pequenas embarcações

cheias de comoção

a assobiar com a madeira 

a dança fresca

manhã de verão. 

  


sexta-feira, 18 de julho de 2025

terça-feira, 15 de julho de 2025

as estrelas são nossas antepassadas

 olhamos a mão firme que segura a batuta.

o público entusiasmado vai fazendo silêncio.

a batuta imóvel eleva-se e múltiplos instrumentos iniciam uma melodia maravilhosa.

a música leva-nos até aos sons da natureza, às cores do dia e da noite, desde o nascer ao pôr do sol.

deslumbramo-nos com a primeira arte humana: a música.

e os instrumentos lembram o mar, o vento, os pássaros, os trovões...

a música flui da mão do maestro e os traços no ar são como raios de sol pela manhã.

eis a música das esferas no cosmos que explode e abre o céu e corações.

as luzes da cidade ao fundo são olhinhos cheios de comoção.

o nosso olhar extasia-se e rodopia.

olhamos o céu ao som da música orquestral humana e sentimos o corpo a fazer parte do universo.

afinal somos mesmo poeira das estrelas.

somos parte do milagre do cosmos.

 


segunda-feira, 14 de julho de 2025

Fastread poetry

 Pousemos as malas.

Paremos um pouco...

tenhamos um momento

musical e dedilhemos

a imaginação que desperta.

A nossa alma tem cordas

sensíveis com curvas

harpa viola guitarra 

desenhadas pelas nossas

mãos dadas com o som

com a vida partilhada 

com a vontade de ouvir

quem trouxe a alegria

dentro das suas malas

e não esquece os tons

deste lado do mundo. 


sábado, 12 de julho de 2025

Conseguimos falar/não há distâncias...

 Ainda temos flores...

no lugar do horizonte 

daquelas que não gostam 

de grandes artifícios

apenas linhas vivas de água 

a distância já não separa

o tempo já não é fronteira

o sol é lua é espaço é nuvens 

o presente é antes e é depois

para olhar vemos sempre bem

sem óculos e de olhos fechados

se quisermos até podemos tocar

as cores que esvoaçam à vontade

no ar perfumado do momento

os sons são os pensamentos

a viver em nós em liberdade

as palavras macias transformadoras.