segunda-feira, 27 de agosto de 2012

do jornalzinho de departamento


O DIÁLOGO
 

A tão conhecida expressão “via do diálogo” abundante no discurso politizado e de mediação, em geral, continua, de facto, a ser a melhor via de entendimento para qualquer fim. Todavia, à medida que o tempo passa e vamos sendo um somatório de experiências e vivências, constatamos que o diálogo requer um ingrediente indispensável, o discernimento, ou seja, a visão esclarecida que reflete a capacidade de descodificação das ideias e sentimentos mais ou menos profundos que vamos construindo sobre nós e o mundo à nossa volta, possível com um suficiente distanciamento emocional do falante com vista a uma comunicação que se quer bem sucedida porque contém a inspiração e a clareza necessárias.

Assim, o diálogo, no seu sentido genuíno de interação voluntária e espontânea, deve ser engrandecido por uma consciência de aprendizagem adequada, constante e aperfeiçoada, de compreensão do valor do conhecimento e do esclarecimento nas relações humanas, prevenindo quaisquer mal-entendidos ou conflitos devastadores para o indivíduo e para a vida comunitária, num permanente desafio que nos prenda à vida.
                                                                                     Olívia Campos (quando eu lecionava DPS)

                                                                   (Extraído do jornalzinho do departamento de Ciências Humanas da E.S.M.M., nº 2, de 19 de julho de 2000, p.3)
 

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