domingo, 27 de setembro de 2015

O moleque rodopiava e falava...

(Moleque): Nha mãe nha querida senhora grande
embala-me nos teus grossos troncos de abraçar
aquece-me no teu fresco voo de amar
adormece-me nessa pele áspera de trabalhar
canta-me o terno sonho da brisa morna de acariciar.

(Repetia, dançava, rodopiava, tocava vigorosamente o djambé, cantava a clamar palavras de afeto à Mãe-Grande. Até que, exausto, o moleque abrandou junto à fogueira, sorriu de soslaio ao jovem paquiderme que o observava, rendido à conversa portentosa da savana...).
Ao ritmo morno da savana
Rosa Maria Duarte
Óleo s/tela
73x54

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