- Bom ano, amigo.
- Bom ano. Há tanto tempo!
- É verdade. Desde o ano passado (sorri). Nem tive tempo de te perguntar há duas semanas atrás: o que significa para ti o Natal? Eu sei que é uma pergunta recorrente…espero que não seja chata…
- Não te desculpes por fazeres uma pergunta dessas. Eu sei que nem toda a gente tem tempo e interesse para pensar nisso, mas para mim faz todo o sentido.
- Eu também penso assim e não sou lá muito religioso.
- Mas eu sou. Olha, para mim o Natal não é comida nem compras. Para mim, o Natal é um ultimato anual para que proporcionemos ou reforcemos o encontro com o outro e as manifestações de fraternidade. Estimarmo-nos como pessoas e os laços que nos unem. E a doutrina cristã, sobretudo nesta altura e na Páscoa, suplica a atenção de todos nós, crentes e não crentes.
- Para lembrar o nascimento do Menino?
- Sim, um nascimento que está historicamente documentado, independentemente do discutível dia 25 de dezembro, que afinal é uma data simbólica para pensarmos no nosso próprio nascimento.
- Para pensarmos no nosso próprio aniversário?
- Falo no nascimento que pode acontecer ou que vai mesmo acontecendo no nosso interior porque a compreensão sobre a vida é cada vez um pouco maior ao aspirarmos a novos conhecimentos que despertam uns pequenos/grandes nascimentos na nossa consciência, conforme a evolução individual e coletiva e também as vivências diversas.
- Ai sim? E como vai a tua busca científica e espiritual?
- Vai andando...muito devagar.
- E a tua evolução como pessoa?
- Não sei bem como te responder a isso…
- O que eu quero saber é se gostas mais de receber ou de dar prendas? Por aí logo vejo o grau do teu discipulado…
- Que engraçadinho! (sorriem entre si).
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