segunda-feira, 18 de março de 2024

Fastread poetry

Toca, campainha, toca, toca.

Porque é que a tua voz é silêncio?

Já tocaste muito na vida. És desapego

numa parede azul, com talvez uma história...

Havia poesia na tua vontade de chamar alguém

agora poesia na tua mudez faladora contemplativa.

Sê então apenas campainha a ouvir ao longe chocalhar

as planícies férteis de um soneto ao vento ao pensamento

sê apenas vestígio de alguém tão pequeno em construção

que parou olhou comovido os grãos da poeira e versejou...  

 


Sem comentários:

Enviar um comentário