Toca, campainha, toca, toca.
Porque é que a tua voz é silêncio?
Já tocaste muito na vida. És desapego
numa parede azul, com talvez uma história...
Havia poesia na tua vontade de chamar alguém
agora poesia na tua mudez faladora contemplativa.
Sê então apenas campainha a ouvir ao longe chocalhar
as planícies férteis de um soneto ao vento ao pensamento
sê apenas vestígio de alguém tão pequeno em construção
que parou olhou comovido os grãos da poeira e versejou...
Sem comentários:
Enviar um comentário