Ó livros
olhos que te
nascem
no sofrimento
no pensamento
na criação de um tempo
solene intempestivo
crescem-te num coração
pequenino a bater
vivem na casa-corpo
em transformação
no corpo-alma
em cogitação
na escrita-vida
desventurada
ao compasso
da lucidez sentida
do momento
mão alucinada
de palavras
aceleradas
luzes amarelas
desenfreadas
de vida
intensamente
cega
amadurecida
pela morte
até à imortalidade.
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