Nem sabem reagir a provocações
Há dias, numa aula de Português,
convidei uma menina da turma a analisar no quadro a seguinte frase: “A educação
é muito bonita.” Tão simples e algo complexa esta frase, ao mesmo tempo. Até
sintaticamente. Queria testar as funções dos elementos da frase e fui-me
inspirar numa atitude repentina de um jovem menos consciente nas suas vontades.
E eles, alunos, onde se vão inspirar para aprenderem certas atitudes? É tudo
autodidatismo?
A palavra crise não é apenas
abertura de telejornais, como alguns alunos mais perspicazes dizem. Até parece
que quem não reage a provocações não é olhado como indivíduo de grande
inteligência. Há quem pense que não é muito inteligente não desperdiçar tempo
com disparates. Há também quem diga que opiniões não se discutem.
É aquilo que nós tanto
apreciamos: a liberdade de expressão. Até para dizer disparates. Podíamo-nos
chatear mais com certas malandrices de linguagem, e não só, mas a vida é tão
curta e há coisas bem mais importantes do que convencer pessoas que não querem
ser convencidas de nada que não sejam as suas próprias ideias. Nas quais às
vezes nem elas próprias acreditam.
Há quem faça a diferença.
Esperemos que muitos jovens o façam. E já se vai fazendo notar…
Cada um tem que fazer o seu próprio
25 de abril. Talvez um dia eu faça o meu. Nunca do ensino, nem do fado, nem da escrita...
Até lá comemoro o da revolução
dos cravos. Então parabéns, 25 de abril. Somos quase da mesma idade...era eu uma tenra criancinha...
Laranjeiro, 14 de março de 2014
Rosa Maria Duarte
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