segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

ainda aprendiz de poesia...

Remexendo no baú...

Aqui vai um poema que escrevi quando era, e ainda sou, aprendiz de poesia. Acho que vou sê-lo sempre: aprendiz da vida, aprendiz do amor, aprendiz do fado, aprendiz da escrita, aprendiz do sonho...

É um reles manuscrito encontrado no 2º gavetão do móvel da sala de jantar (espaço que contém relíquias de faturas, ecografias e afins...). A data que eu assinalei é 11 de outubro de 1987, que ao tempo, penso, ainda pertencia ao grupo de jovens intelectuais autointitulado «Círculo Juvenil de Cultura». Certo é que ainda publicámos duas coletâneas de poemas e desenhos.

Meia-roda
roda tonta
rodopia-me
a razão.
 
Rasga-me o sonho
sonha-me a vontade.
Se sabem de mim
em breve, que me farão?
 
Condenação, condenação
tocada ao som das trevas.
Tanta luz, tanto brilho
ao longe. Lá quando?
 
Ribeiro, aragem
recreio da vida.
Eu queria-te, meu bem.
Eu vejo-te, não sei
...para lá de mim!
 
Ajuda, 11 de out/1987
 
Título: autorretrato
Ecolines e lápis de cera
Autora: Rosa Maria Duarte
2009
 
 

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