Quando o tempo se arranja melhor
são lábios a festa e sinos as cantigas
tons de brisa enamorados das cortinas
esguias as livres pontas das janelas
sons em manjerico parapeito mocho
inebriado de sardinhas de cintura fina
a bailar de um lado da grelha ao vento.
Quando o tempo se arranja melhor
é a gente esquecida nova de outrora
a abrir o gavetão das ervas em céus
e soltam em estrelas santos rapazes
e dançam em olhares garotos a dor
ardor de amor e vida tão breve fados
maiores menores servos do Tempo.
Rosa Maria Duarte
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