domingo, 11 de julho de 2021

Às vezes, perguntam-me: qual é a tua técnica quando pintas?

 Saber ensinar, requer preparação (eu que o diga!). 

Há muito de espontâneo naquilo que pinto. Gosto de experimentar. De deixar fluir a minha vontade e o estado de espírito no momento. Há sempre qualquer ignição/inspiração que foi acionada por algo, dentro e/ou fora de mim. 

Claro que a pintura, que é muitas vezes figurativa, precisa de escola. De desenho e cor. Eu tive alguma... Não como seria o ideal... Mas o que conta é o nosso trabalho e motivação.

Há também uma sensibilidade artística que pode ser exponencial no uso de várias linguagens como a escrita, a música, a pintura, a dança, o canto, a fotografia...

Contudo, quem sente aquele apelo e decide pintar, o que deve fazer? (também há quem prefira construir com materiais diversos...)

Deve pintar. Procurar conhecer mais, sim, sobre como olhar, como desenhar, como usar os materiais, mas pintar. Pintar. Pintar.

É como escrever. Procurar ler muito e boas leituras. Mas escrever, escrever, escrever.

Focados no ato em si.

Viver o presente é bom. Como olhar tranquilamente um monte alentejano, sentindo a aragem luminosa, quente e perfumada dos chaparros e das ervas secas, por exemplo. Ou reparar num objeto que vamos oferecer e nos desperta no momento.

Viver o hoje é partilhá-lo.

Amanhã é outro dia.



                                    Chaparros/Rosa Maria Duarte/Óleo s/tela/40x50




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