e cheiro o poder das raízes
no tronco do meu ser
pequenos grandes bichos
da terra escura sangue
saúdam-me com o mexer
de asas negras corvo
e mostram-me o segredo
húmus dos torrões sementeiros
molhados turbulentos de
tanto viver.
venho de fundo do canteiro
ddoroso centro telúrico do nascimento
ensopada de existência agreste
ocres sonoros rumorejantes
de grandiosas insignificâncias
minúsculas ocultas terrenas
que me soam em melodias
chilreantes agora mais claras
quando me ergo e abro
o peito a cantar o fado
das horas mais próximas
de mais um dia no claroscuro
da vida matizada de
silêncios sinfónicos
do acontecer.
Mais um regresso ao
fundo do ciclo concertino.
Quinta da Atalaia, 7 de setembro/2013
Rosa Maria
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