A VOZ DA LIBERDADE EM PORTUGAL
E
por muito que nos custe, porque podíamos estar melhor do que estamos hoje, o
facto é que qualquer revolução não se basta a si mesma. Precisa de alimento
diário, incentivo e renovação constantes.
Não
podemos dizer que já de nada serve reafirmar a festa dos cravos e manter
esperança no futuro.
Se
há muito a fazer, mais uma razão para concertar esforços e convicções.
Ontem,
por exemplo, ouvi um pouco do testemunho da atriz Giuseppa Apolloni sobre a sua
histórica dedicação à causa das mulheres. Admirável!
Todos
nós merecemos o respeito do outro, homens e mulheres.
Mas
na realidade, a sociedade portuguesa precisa de dar uma atenção própria às
mulheres.
Na
liberdade de expressão e comunicação. Na dignidade como cidadãs, mães, esposas, irmãs, colegas, amigas. No seio da sociedade. Do casamento. Do
trabalho. Da família...
Quantas
vezes se rouba a palavra a quem tem algo a dizer.
Quantas
vezes se limita quem tem algo para dar.
Quantas vezes se tenta diminuir quem tem o mesmo valor.
O
silêncio é de ouro, mas sobretudo para elevar o coração ao som do fado.
Não
como uma imposição. Não como uma repressão.
«Ninguém
é de ninguém» canta-nos João Pedro Pais.
Ninguém
tem autoridade moral ou afetiva sobre um cidadão livre e honesto, seja qual for
o laço parental ou social, por via da repressão.
E
a conspiração e a difamação têm que ser severamente combatidas para proteger a
liberdade individual, que é o garante da liberdade social conquistada.
Assim
prevaleça o discernimento para as detetarmos e neutralizarmos a tempo...
Vamos falar sobre isso?
Lisboa, 25 de abril de 2015
Rosa Maria Duarte
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