quarta-feira, 3 de junho de 2015

agradecimento à Rádio Amália e à Rádio Luso Europeu


AGRADECIMENTO À RÁDIO LUSO EUROPEU, À RÁDIO AMÁLIA E A TODOS EM GERAL


Queridos Amigos,

O tempo passa e é bom que continue a passar (não vá ele esquecer-se como nas Intermitências da Morte de José Saramago). Envelhece-nos, mas está sempre jovem e sempre em forma.

A partir do momento em que nascemos, começamos logo a ficar mais velhos. Com cada vez mais idade. Precisamos de fazer exercício físico e de trabalhar o nosso corpo e a nossa mente. Já o tempo não tem princípio nem fim (até ver…) e não se esquece de nada nem de ninguém. (O Manuel de Oliveira ainda chegou a pensar o contrário…).

Gostamos de celebrar o tempo. Ontem, como muitos sabem, celebrei o meu tempo com o marco de mais um ano a juntar a outros. São 52 anos, sem dificuldade de os encarar. A vida é bela. Nós é que às vezes nos esquecemos disso.

Eu, como muitos, gosto de contribuir para o bem-estar dos outros. E eu sei que muitos gostam de contribuir para o meu bem-estar. O dia de ontem foi um bom exemplo. A Google nunca me tinha dedicado (que me lembre…) um doodle. Obrigado.

Recebi muitas felicitações de aniversário por muitos meios de muita gente. Por isso, quero aqui aproveitar para agradecer a todos o gesto, oferecendo-vos o meu melhor sorriso que é sincero e atencioso.

Agradeço, pois, à Rádio Amália os parabéns que me dirigiu (segundo me disseram…), nas pessoas do José Gonzalez e do Joaquim Maralhas (parabéns também à Ana Meixedo e filhotes – muitos parabéns pelo recém-nascido e que tenha um grande futuro).

Agradeço também à equipa da Rádio Luso Europeu que me felicitou ontem online e que, em direto na sua rádio, me presenteou com uma música de parabéns, e ainda me dedicou depois algumas músicas, nomeadamente de Roberto Carlos e de Nelson Ned.

Com uma idade muito tenra, de 3, 4 anos, eu já ouvia a voz do Roberto Carlos por influência da minha prima Beta (mais velha que eu, obviamente) que era sua incondicional fã.

O meu pai e a minha mãe eram mais virados para o fado. Embora também para a música em geral.

Eu ganhei um gosto visceral pela música, juntamente com os meus irmãos. O mais novo, o Alex, era guitarrista.

Embora os cantores românticos tenham visitado a minha infância, o facto é que não chegou a ser a música de eleição. Declaro a minha cultura musical deste género fraca.

Tenho aquelas recordações marcantes de O Calhambeque e do E Que Tudo Mais Vá Pró Inferno de Roberto Carlos. O meu primo Ilídio (falecido ainda novo), que morava na rua da Costa em Alcântara (na altura), convivia com o meu irmão mais velho. Eu era pequenita e ele já gostava de me ouvir trautear o Calhambeque (ainda eu mal sabia falar…).

A minha prima Beta é que era a fã nº1 do Roberto Carlos. Algumas vezes me penteou ao som de Roberto Carlos, em casa da minha tia, quando me levava a passear. Eu era o seu piolho. Ainda hoje quando oiço falar de Roberto Carlos, fico deliciada a viajar à infância, na companhia de uma família numerosa a que pertencia e pertenço... E lembro-me da Beta (que ainda é viva, graças a Deus, e mexe-se bem nos bailaricos) e do grande medalhão ao peito do cantor brasileiro.

Ontem mencionei o meu gosto à Rádio Luso Europeu pela música brasileira e é verdade. Mas o meu genuíno gosto é já num tempo mais próximo e num registo um pouco diferente. Gostava da Garota de Ipanema (ouvia mais na voz de Caetano Veloso do que na de Tom Jobim), e de muitos outros temas pela Maria Betânia, Gal Costa, Elis Regina e tantos cantores de sucesso das primeiras telenovelas da TV Globo que chegaram depois do 25 de abril.

Nos anos 80, frequentei o «Pé Sujo», um barzito engraçado na zona do Miradouro de Santa Luzia, em Lisboa, com o meu marido (namorado na altura) e os amigos comuns, que já fechou há um par de anos. Ouvia-se muito lá o Chico Buarque, Gilberto Gil, João Gilberto, Milton Nascimento… Na LX Factory assiti há uns largos meses a um espetáculo muito bom da Carminho com o Milton…

Enfim, sou romântica, embora não muito aficionada do pop romântico. Respeito muito o Tony Carreira e tudo o que ele tem feito no estrangeiro para divulgar a música nacional. Mas quando oiço uma ou duas canções, chegam-me.

Já fui assistir a um concerto do Quim Barreiro. E diverti-me. Mas não é de todo o meu estilo.

Gosto da boa música popular portuguesa, como o fado, o cante alentejano, os grupos como os Madre de Deus (que gostava com a Teresa Salgueiro), de intervenção e de instrumentais como a Brigada de Vitor Jara, cantores como o Zeca Afonso, o Sérgio Godinho, o Rui Veloso, o Jorge Palma, o Paulo de Carvalho, o Pedro Barroso… Sara Tavares, Cesária Évora… Mais para o rock como os Xutos & Pontapés, Blind Zero…, jazz, clássica e música estrangeira com grupos que têm marcado gerações como os Rolling Stones, os U2, agora os Muse, Little Dragon e tantos outros… Tanta e tão boa! E não é demais. Sempre a aparecerem novos talentos.

Agradeço toda a música afinal. A boa, claro. Em especial a portuguesa e de expressão portuguesa.

Parabéns às rádios nacionais e internacionais. E do sul de França, em Nimes, pois claro. Beijinhos.

 

Lisboa, 3 de junho de 2015

Rosa Maria Duarte
 
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