AGRADECIMENTO À RÁDIO LUSO EUROPEU, À
RÁDIO AMÁLIA E A TODOS EM GERAL
Queridos Amigos,
O tempo passa e é bom que continue a passar (não vá ele
esquecer-se como nas Intermitências da
Morte de José Saramago). Envelhece-nos, mas está sempre jovem e sempre em
forma.
A partir do momento em que nascemos, começamos logo a ficar
mais velhos. Com cada vez mais idade. Precisamos de fazer exercício físico e de
trabalhar o nosso corpo e a nossa mente. Já o tempo não tem princípio nem
fim (até ver…) e não se esquece de nada nem de ninguém. (O Manuel de Oliveira
ainda chegou a pensar o contrário…).
Gostamos de celebrar o tempo. Ontem, como muitos sabem,
celebrei o meu tempo com o marco de mais um ano a juntar a outros. São 52 anos,
sem dificuldade de os encarar. A vida é bela. Nós é que às vezes nos esquecemos
disso.
Eu, como muitos, gosto de contribuir para o bem-estar dos
outros. E eu sei que muitos gostam de contribuir para o meu bem-estar. O dia de
ontem foi um bom exemplo. A Google nunca me tinha dedicado (que me lembre…) um doodle. Obrigado.
Recebi muitas felicitações de aniversário por muitos meios de
muita gente. Por isso, quero aqui aproveitar para agradecer a todos o gesto,
oferecendo-vos o meu melhor sorriso que é sincero e atencioso.
Agradeço, pois, à Rádio Amália os parabéns que me dirigiu (segundo
me disseram…), nas pessoas do José Gonzalez e do Joaquim Maralhas (parabéns
também à Ana Meixedo e filhotes – muitos parabéns pelo recém-nascido e que
tenha um grande futuro).
Agradeço também à equipa da Rádio Luso Europeu que me
felicitou ontem online e que, em
direto na sua rádio, me presenteou com uma música de parabéns, e ainda me
dedicou depois algumas músicas, nomeadamente de Roberto Carlos e de Nelson Ned.
Com uma idade muito tenra, de 3, 4 anos, eu já ouvia a voz
do Roberto Carlos por influência da minha prima Beta (mais velha que eu, obviamente)
que era sua incondicional fã.
O meu pai e a minha mãe eram mais virados para o fado. Embora também para a música em
geral.
Eu ganhei um gosto visceral pela música, juntamente com os
meus irmãos. O mais novo, o Alex, era guitarrista.
Embora os cantores românticos tenham visitado a minha
infância, o facto é que não chegou a ser a música de eleição. Declaro a minha
cultura musical deste género fraca.
Tenho aquelas recordações marcantes de O Calhambeque e do E Que Tudo
Mais Vá Pró Inferno de Roberto Carlos. O meu primo Ilídio (falecido ainda
novo), que morava na rua da Costa em Alcântara (na altura), convivia com o meu
irmão mais velho. Eu era pequenita e ele já gostava de me ouvir trautear o Calhambeque (ainda eu mal sabia falar…).
A minha prima Beta é que era a fã nº1 do Roberto Carlos. Algumas
vezes me penteou ao som de Roberto Carlos, em casa da minha tia, quando me
levava a passear. Eu era o seu piolho. Ainda hoje quando oiço falar de Roberto
Carlos, fico deliciada a viajar à infância, na companhia de uma
família numerosa a que pertencia e pertenço... E lembro-me da Beta (que ainda é viva, graças a Deus,
e mexe-se bem nos bailaricos) e do grande medalhão ao peito do cantor
brasileiro.
Ontem mencionei o meu gosto à Rádio Luso Europeu pela música
brasileira e é verdade. Mas o meu genuíno gosto é já num tempo mais próximo e
num registo um pouco diferente. Gostava da Garota
de Ipanema (ouvia mais na voz de Caetano Veloso do que na de Tom Jobim), e
de muitos outros temas pela Maria Betânia, Gal Costa, Elis Regina e tantos
cantores de sucesso das primeiras telenovelas da TV Globo que chegaram depois
do 25 de abril.
Nos anos 80, frequentei o «Pé Sujo», um barzito engraçado na
zona do Miradouro de Santa Luzia, em Lisboa, com o meu marido (namorado na
altura) e os amigos comuns, que já fechou há um par de anos. Ouvia-se muito lá o
Chico Buarque, Gilberto Gil, João Gilberto, Milton Nascimento… Na LX Factory assiti há uns largos meses a
um espetáculo muito bom da Carminho com o Milton…
Enfim, sou romântica, embora não muito aficionada do pop
romântico. Respeito muito o Tony Carreira e tudo o que ele tem feito no
estrangeiro para divulgar a música nacional. Mas quando oiço uma ou duas
canções, chegam-me.
Já fui assistir a um concerto do Quim Barreiro. E diverti-me.
Mas não é de todo o meu estilo.
Gosto da boa música popular portuguesa, como o fado, o cante
alentejano, os grupos como os Madre de
Deus (que gostava com a Teresa Salgueiro), de intervenção e de instrumentais
como a Brigada de Vitor Jara, cantores como o Zeca Afonso, o Sérgio Godinho, o
Rui Veloso, o Jorge Palma, o Paulo de Carvalho, o Pedro Barroso… Sara Tavares,
Cesária Évora… Mais para o rock como os Xutos
& Pontapés, Blind Zero…,
jazz, clássica e música estrangeira com grupos que têm marcado gerações como os
Rolling Stones, os U2, agora os Muse, Little Dragon e
tantos outros… Tanta e tão boa! E não é demais. Sempre a aparecerem novos
talentos.
Agradeço toda a música afinal. A boa, claro. Em especial a
portuguesa e de expressão portuguesa.
Parabéns às rádios nacionais e internacionais. E do sul de
França, em Nimes, pois claro. Beijinhos.
Lisboa, 3 de junho de 2015
Rosa Maria Duarte
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