Está um céu azul e limpo com aromas de Alentejo. Quase azul porque se vislumbra muito ao fundo um risco fino e branco. Quem terá autoridade para riscar o céu àquela altitude? E nem o desfigura. Dá-lhe vida. Mas não é uma cicatriz de herói. Porque no céu nada é permanente. Nem na terra. Nem as permanentes das senhoras são permanentes. Nem tão pouco a palavra permanente no seu significado... Só porventura a ilusão de quem a pronuncia...
Mas o risco continua da mesmo tamanho. Estranho! O que será? Tinta de óleo? Aguarela? Ilusão de ótica?
Afinei o meu pobre olhar tão dado a encantamento. Lá está ele, o aviãozinho, de entre limões e ramos e folhas e uma impressão de quintal. Tão direitinho e fininho, o risco no olhar, e tem na ponta um objeto voador. Um brinquedo tipo avião? Um avião a sério. Tão pequenino! A que distância estará? Para onde irá? Para Lisboa? Oh!!
Porque ficou parado no céu? Se está alinhadinho, é sinal de bom destino.
Mas...se estás preso numa fotografia, não gastas mais combustível. Eu ajudo-te. Desvio já o olhar para que possas voltar ao céu bem maior fora desta luz rectangular no computador. Não quero que te atrases! Deus te acompanhe, aviãozinho.
Mas...se estás preso numa fotografia, não gastas mais combustível. Eu ajudo-te. Desvio já o olhar para que possas voltar ao céu bem maior fora desta luz rectangular no computador. Não quero que te atrases! Deus te acompanhe, aviãozinho.
Sem comentários:
Enviar um comentário