quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

A tua história é quase igual à minha...


A minha história, afinal, não é assim tão diferente da tua...

Somos todos diferentes, contudo nem por isso:
Precisamos de nascer para viver o mais possível... e de comer, de aprender para crescer, de cumprir tarefas, de colaborar, de descansar, de conhecer e ouvir...
Somos todos diferentes, uns mais diferentes do que outros, mas todos procuramos fazer parte, de ter referências, de ter (algum) bem-estar e viver de acordo com o que sentimos e o que pensamos.
Cada lugar de nascimento e de crescimento é um lugar que constroi a história e a cultura de cada um e também, por consequência, do coletivo em que nos reconhecemos.
As memórias crescem à medida que a nossa cabeça cresce, o nosso corpo cresce e o nosso entendimento da vida também. Antes, pensávamos na nossa identidade  associada aos cuidadores e à casa onde nascemos, depois ao bairro onde crescemos, a seguir à cidade ou região, ainda também às viagens/deslocações que fizemos e, hoje, o nosso lar é onde nos sentimos bem ou queremos sentir bem.
Por isso, cada vez mais cada pessoa se sente mais cidadã do mundo.
É o progresso? Sim. É o intercâmbio humano a vários níveis? Sim. É o grau de exigência humana na sua procura diária? Sim. É a história que ensina alguma coisa ao presente e ao futuro? Pois pudera...
Estamos limitados pelas nossas fronteiras orgânicas, familiares, regionais, sociais, culturais, económicas, ideológicas...mas até a própria ciência antropológica (ainda limitada)  confirma inequívocos sinais da nossa evolução cognitiva e social ao longo da História.
O sedentarismo da modernidade é também um direito que pode ser, em certa medida, nómada quando cada um assim o entender. Há regras de regulação social e cívica, de proteção e de circulação, que devem ser compreendidas e respeitadas, mas a História contemporânea não proíbe a condição de cidadão do mundo. Bem pelo contrário.
Sabemos que a narrativa de um é a narrativa de muitos. De todos, afinal. Estamos em rede, desde muito tempo...o longe é tão perto por ar, por terra, por mar, por energias diversas, por partilha deste planeta macro e microbiológico.
Só que ainda temos tanto que trabalhar os comportamentos e os laços universais de confiança mútua tão imprescindíveis à qualidade do quotidiano de cada um de nós.  



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