quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Fastread poetry

 Pinta-me ó tempo

um azul forte no céu 

da aldeia que é o mundo

se quiseres põe-lhe luzes

olhinhos de casario

estrelas da nossa rua

gente que chega a casa

conversa sobre o fim do dia

sente a chuva a cair

e mesmo assim abre a janela

para ver o desenho das nuvens

o contraluz do recorte da serra

respira o perfume dos escuros 

pinheiros molhados a terra o outono

e se enternece com a beleza 

da mãe-natureza e das povoações.



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