Pareces tão sossegada
não tens vento ou neve
o sol adormece no horizonte
ainda te aquece os ramos
as formigas fazem-te cócegas
o penteado fica-te mais leve
agulhas de quem cose o destino
é o verde e o azul a brincar
junto à estrada esbranquiçada do céu
mas tudo em ti é seiva é tempo
falas aos pássaros aos humanos
ficas despida, árvore-gente, quando
muitos se ausentam ou ficam
à lareira a queimar o teu perfume.
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