Até no sacudir dos alinhaves, é a minha mãe retratada. E, ai do mano que falasse áspero à mãe, saltava-lhe tudo em cima. A matriarca era para respeitar. O pai da marinha mercante, muitas vezes ausente, não deixava que isso acontecesse.
Era esta a existência simples e sentimental dos bairros alfacinhas.
Da varanda do 2º andar, sentada com as pernitas a dar de fora do gradeamento retorcido pintado de verde seco, via os ciprestes do cemitério dos Prazeres e dizia que era a Vide, a aldeia beirã onde passava e passo as férias de Verão, com os seus pinheiros altos em contraluz noturna. Um espetáculo celeste lindíssimo!
Os pinheiros Rosa Maria Duarte Tela, carvão, acrílicos, pastéis 24x30 |
O fado na literatura e na pintura. Na Lisboa de Cardoso Pires. Ao pedal de uma máquina de costura.
As mães domésticas e não domésticas. Todas as mães são mulheres e toda a mulher é para respeitar e acarinhar. Sejam elas mais ou menos sorridentes. E sorrir faz bem à alma. Não acham, meus senhores?
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