quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Eu ajudo os alunos, respeito os colegas e estou sempre disponível para acompanhar as famílias.

Educar para transformar.

Eu acredito na Educação. Ensino e aprendo com os meus alunos. Sou professora, teósofa, artista, investigadora. 

E sou teósofa porque acredito que não há nada nem ninguém superior à Verdade. A nossa memória às vezes não é integralmente fiel, mas um teósofo é alguém que trabalha sempre em prol da Verdade. 
Estudo, estimo e procuro as boas atitudes, embora saiba que haja sempre quem nos queira magoar ou desmerecer...mas a verdade é sempre vencedora.

Também fui professora e coordenadora da disciplina de Desenvolvimento Pessoal e Social na escola da altura, o que me tem sido mais um acréscimo útil na minha vida profissional e social.

Aprender não ocupa lugar.

Obrigado pelo vosso carinho.
Crónica de Opinião publicada no «Diário da Região»
Rosa Maria Duarte
11 de fev. de 2016



SER PROFESSOR
Este tema tem sido muito debatido, mas nunca o será suficientemente para os que o pensam diariamente. Simplesmente, porque é tão dinâmico como o ser humano, logo sempre com matéria de reflexão em atualização e ponderadas reformulações.
Hoje estou aqui mais uma vez a pensar nele num determinado sentido, com a ajuda da escrita, e estou a transpô-lo para este suporte com algo que me move a mente e a alma, aqueles lugares que albergam o que nos é mais significativo.
Gosto de ser professora. Já o tenho dito. Até porque há um instinto maternal nesse exercício. O que não deixa de ser inevitável que nesse percurso pensemos que já demos o suficiente. Que talvez seja a altura dar o lugar a outros que também o saberão ou aprenderão a desempenhar.
Depois de tantos anos, eu sei que ainda não dei o suficiente a esta profissão, embora já tenha dado muito.
A questão é que ser professor é uma prática pedagógica muito exigente que implica um sentido democrático tanto quanto possível afinado e consciente no vasto universo da prática da docência: desde a coordenação de cada grupo em sala de aula, até ao exercício que se estende aos colegas e ao espaço geral da escola, espaço esse que por sua vez se liga às famílias e a toda a comunidade educativa.
É um desafio diário que nos obriga a criar prioridades educativas e sociais. A saber como gerir situações de conflito aluno-aluno, aluno-professor, professor-professor, aluno-escola, ou outras, sem beliscar o primado da sua profissão: educar os alunos.
Em todas as profissões, como em todas as agremiações, associações, comunidades, há códigos de honra. Códigos que têm que ser reforçados por outros translaborais que regulam todos os coletivos democráticos do planeta que são os valores universais, como o respeito e a lealdade pelos seus pares. Não é possível um entendimento grupal se não forem respeitados os princípios básicos que orientam os indivíduos de uma empresa, de uma escola, de uma organização ou outro coletivo que se comprometem a dar prossecução séria aos objetivos do seu trabalho.
Os professores devem lealdade aos seus alunos, aos seus colegas, às famílias, à entidade empregadora e à sociedade em geral. Mas também merecem ou devem merecer as atitudes mínimas necessárias para a prática da dignificação do seu contributo como docentes.

Qualquer dúvida de natureza pedagógica ou relacional deve ser tanto quanto possível esclarecida, sem demais prejuízos, por quem despende tantas horas da sua vida a estudar as melhores estratégias para preparar os outros para os desafios das sociedades das nações, em constante reclamação e convulsão.

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