Educar para transformar.
Eu acredito na Educação. Ensino e aprendo com os meus alunos. Sou professora, teósofa, artista, investigadora.
E sou teósofa porque acredito que não há nada nem ninguém superior à Verdade. A nossa memória às vezes não é integralmente fiel, mas um teósofo é alguém que trabalha sempre em prol da Verdade.
Estudo, estimo e procuro as boas atitudes, embora saiba que haja sempre quem nos queira magoar ou desmerecer...mas a verdade é sempre vencedora.
Também fui professora e coordenadora da disciplina de Desenvolvimento Pessoal e Social na escola da altura, o que me tem sido mais um acréscimo útil na minha vida profissional e social.
Aprender não ocupa lugar.
Obrigado pelo vosso carinho.
|
Crónica de Opinião publicada no «Diário da Região»
Rosa Maria Duarte
11 de fev. de 2016
SER PROFESSOR
Este tema tem sido muito debatido, mas nunca o será suficientemente
para os que o pensam diariamente. Simplesmente, porque é tão dinâmico como o
ser humano, logo sempre com matéria de reflexão em atualização e ponderadas
reformulações.
Hoje estou aqui mais uma vez a pensar nele num determinado
sentido, com a ajuda da escrita, e estou a transpô-lo para este suporte com algo
que me move a mente e a alma, aqueles lugares que albergam o que nos é mais significativo.
Gosto de ser professora. Já o tenho dito. Até porque há um
instinto maternal nesse exercício. O que não deixa de ser inevitável que nesse
percurso pensemos que já demos o suficiente. Que talvez seja a altura dar o lugar
a outros que também o saberão ou aprenderão a desempenhar.
Depois de tantos anos, eu sei que ainda não dei o suficiente
a esta profissão, embora já tenha dado muito.
A questão é que ser professor é uma prática pedagógica muito exigente
que implica um sentido democrático tanto quanto possível afinado e consciente
no vasto universo da prática da docência: desde a coordenação de cada grupo em sala
de aula, até ao exercício que se estende aos colegas e ao espaço geral da
escola, espaço esse que por sua vez se liga às famílias e a toda a comunidade
educativa.
É um desafio diário que nos obriga a criar prioridades
educativas e sociais. A saber como gerir situações de conflito aluno-aluno,
aluno-professor, professor-professor, aluno-escola, ou outras, sem beliscar o
primado da sua profissão: educar os alunos.
Em todas as profissões, como em todas as agremiações,
associações, comunidades, há códigos de honra. Códigos que têm que ser reforçados
por outros translaborais que regulam todos os coletivos democráticos do planeta
que são os valores universais, como o respeito e a lealdade pelos seus pares.
Não é possível um entendimento grupal se não forem respeitados os princípios
básicos que orientam os indivíduos de uma empresa, de uma escola, de uma
organização ou outro coletivo que se comprometem a dar prossecução séria aos
objetivos do seu trabalho.
Os professores devem lealdade aos seus alunos, aos seus
colegas, às famílias, à entidade empregadora e à sociedade em geral. Mas também
merecem ou devem merecer as atitudes mínimas necessárias para a prática da dignificação
do seu contributo como docentes.
Qualquer dúvida de natureza pedagógica ou relacional deve ser
tanto quanto possível esclarecida, sem demais prejuízos, por quem despende
tantas horas da sua vida a estudar as melhores estratégias para preparar os
outros para os desafios das sociedades das nações, em constante reclamação e
convulsão.
|
Sem comentários:
Enviar um comentário